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segunda-feira, 17 de abril de 2017

3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)


3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)

*Colocando o problema
→ A área dedica a refletir sobre as ações humanas em relação à vida em coletividade e à vida de cada um é denominada ética.
→ Ética vem do grego êthos: caráter, índole, maneira de ser de uma pessoa e de uma sociedade.
→ O gregos também tinham uma palavra muito próxima: éthos, que significa costume, uso, hábito. Em latim foi traduzida por mor, moris; em português “moral”.
→ Para os antigos gregos, êthos é diferente de éthos, pois para viver eticamente é necessário se conhecer, pensar na quilo que se faz.

→ Aristóteles e a ética como ação para a felicidade:
→ Século IV a. C.: sistematização da ética (ciências poiéticas, ciências práticas, ciências teoréticas).
→ A filosofia ética estuda as ações humanas baseadas naquilo que é natural em cada ser humano, seu caráter ou temperamento, ensinando a viver de acordo com o caráter de cada um, embora não signifique agir de modo predeterminado, passional: a ética implica uma ação racional.
→ A tarefa da ética é educar nosso apetite, para que evitemos os vícios e alcancemos a virtude.
→ A tarefa da ética é ensinar bons costumes (bom éthos), baseados no bom caráter (bom êthos), através do hábito de agir virtuosamente.
→ Todas as atividades humanas tendem a “fins” que são “bens”. O fim último das ações humanas é a felicidade, pois é o único fim desejável em si mesmo e por si mesmo.
→ Felicidade não é viver uma vida de prazer e gozo, de riqueza, de honra, de pura contemplação.
A alma possui três faculdades ou capacidades: vegetativa, sensitiva e racional.
→ Felicidade é uma atividade da alma conforme a virtude perfeita.
→ A virtudes podem ser: 1) práticas, quando não-desejáveis por si mesmas, ligadas à faculdade apetitiva da alma, adquiridas por meio do domínio dos apetites pela faculdade racional por meio do hábito de uma vida equilibrada; 2) intelectuais ou dianoéticas, quando desejáveis em si mesmas, ligadas à parte racional da alma que busca e encontra prazer na contemplação.
→ O prazer é um bem, embora não seja a finalidade da vida ética, pois extingue-se em si mesmo. Há diferentes prazeres e a tarefa da ética é traçar uma hierarquia de prazeres. O prazeres do pensamento são superiores.
→ Para garantir o hábito de agir racionalmente, são necessárias leis que forcem à ação de acordo com normas e valores da razão.

→ Kant e a ética como ação segundo o dever:
→No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant desenvolveu uma ética baseada na ideia de que as ações humanas são orientadas por intenções e não por finalidades.
→ A intenção fundamental da ação humana é o dever.
→ O sujeito moral, que age racionalmente, é umas das facetas do ser humano; as outras são o sujeito do conhecimento e o sujeito estético.
→ Há duas esferas da razão: a teórica e a prática. A razão prática está relacionada ao agir, à determinação da vontade, capaz de legislar sobre esta, impondo-lhe normas que conduzem a ação moral.
→ Somos livres porque somos seres de vontade; como a vontade é resultante do exercício da razão, somos livres porque somos racionais.
Ser livre é estar submetido a uma razão prática, isto é, quando somos autônomos.
→ Se cada um agisse de maneira própria, não haveria comunidade humana. É preciso construir uma coletividade através de um princípio universal dado pela razão prática.
→ O princípio universal deve ser puramente formal e deve ser expresso na forma de um imperativo categórico, uma fórmula que ordena de modo incondicional: “Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre como princípio de legislação universal.”
→ Não se trata de agir de acordo com uma lei, uma tradição ou um costume, mas segundo um princípio dado pela própria razão determinando a vontade, como um ato de liberdade.
→ “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. (…) Sapere aude! (Ouse saber!)”

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