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terça-feira, 1 de agosto de 2017

Resumo do Capítulo 03 (Corporeidade, gênero e sexualidade) da Unidade 02 (O que somos?)

2º Ano - Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 03 (Corporeidade, gênero e sexualidade)
 
Vivemos hoje um “culto ao corpo”, que nem sempre tem a ver com a ideia de saúde e bem-estar. Em geral, o que predomina é a preocupação estética.
Na antiga sociedade moralista, a ética e a virtude impunham uma série de deveres. Hoje, a “sociedade pós-moralista” valoriza o bem estar individual. Em lugar dos deveres, há agora “tarefas” para alcançar a felicidade.
Quando dizemos “eu”, falamos de um corpo ou de outra coisa, um “recheio” que está no corpo? Será o corpo que nos faz ser o que somos?
Podemos destacar a corporeidade como uma das dimensões humanas mais fundamentais.
Os gregos davam muita importância ao corpo. Somos seres constituídos de “soma” e “psique”.
Platão: dualismo psicofísico. Enquanto vive, o ser humano é uma união indissolúvel de um corpo físico mortal com uma alma ideal imortal. É preciso cuidar do corpo para que possamos cuidar da alma.
Aristóteles: hilemorfismo. O ser humano é feito de matéria (corpo físico) e forma (alma). Embora distintas, estas essas duas realidades são inseparáveis. Concepção orgânica: alma é aquilo que anima um corpo, estando totalmente integrada a ele, formando um sistema orgânico.
Idade Média: o corpo é sagrado e ao mesmo tempo fonte de pecado. Caberia à alma, expressão da pureza divina, controlar os desvios do corpo.
Espinosa: corpo-mente. Não utiliza alma, mas a palavra mente. Corpo e mente são uma coisa só. Se nos referimos ao pensamento, chamamos de mente, se nos referimos à matéria, corpo. Concepção não dualista. Pela primeira vez pergunta sobre as possibilidades do corpo. As ações do corpo dependem dos estímulos (afecções) que ele recebe. Dependendo de como é afetado, sua potência de agir aumenta (alegria) ou diminui (tristeza).
Merleau-Ponty: “corpo próprio”. A certeza da existência não está no pensamento mas no corpo. É no ato de percepção que descobrimos que existimos. Critica a filosofia e a fisiologia por serem mecanicistas: o corpo não é um objeto, um mecanismo. Tampouco é pura consciência ou percepção. Meu corpo próprio é a sede da percepção do mundo e de mim mesmo. Única possibilidade de existência concreta.
Foucault: o corpo é lugar em que o poder atua. O “desprezo pelo corpo” na Idade Moderna é apenas aparente, uma forma de não perceber o grande esforço que foi feito para mantê-lo controlado, para tomá-lo como força de trabalho pelo “poder disciplinar”, que atuava individualizando os corpos em instituições disciplinares.
Um dos desdobramentos da corporeidade é a sexualidade: o corpo é sexuado. Em uma visão mecanicista do corpo, o sexo é visto como algo puramente biológico. Mas existe também um dimensão simbólica, que diz respeito à forma como representamos e vivenciamos a corporeidade e que se coloca para além do biológico. Essa dimensão simbólica é o universo da cultura. Se o corpo não é apenas matéria, pois existe em uma dada cultura, a sexualidade está relacionada à dinâmica da vida humana.
Foucault: história da sexualidade: na mesma medida em que se falava de sexo, ele era reprimido. Dois caminhos das civilizações para estabelecer a “verdade” do sexo: 1. “arte erótica” como forma de prescrever as melhores e mais corretas maneiras de viver o sexo; 2. produção de um conhecimento científico sobre o sexo, como forma de procurar sua “verdade”. Dessas duas vertentes surgem duas linhas no sobre o sexo no Ocidente: um saber científico legítimo e uma visão moral do sexo. Nessa visão moral predominou a perspectiva heterossexual.
A vivência da sexualidade envolve uma conjunção dos fatores biológico e cultural, e nela também interfere a “questão do gênero”. Uma coisa é o sexo de cada pessoa visto sob o ponto de vista biológico, outra é o gênero, que também está profundamente ligado à vivência das pessoas em determinada época ou lugar.
Simone de Beauvoir: a condição da mulher na sociedade, a “condição feminina”. “Ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher” conforme vive. A cultura e o pensamento sempre foram dominados pelo homens. Desvendar e compreender essa condição é a tática para poder lutar contra ela, construindo outras realidades para o feminino.
A construção da sexualidade é biológica, cultural e histórica, assim como a construção do que somos em outras esferas.
Deleuze e Guatarri: há muitas “camadas” nas formas pelas quais vivemos a sexualidade e cada pessoa “embaralha” em si mesma o masculino e o feminino, o homossexual e o heterossexual. Se a sexualidade se reduz a dois gêneros é em razão de todo um aparato social repressor que procura conter os jogos do desejo. Um definição de gêneros é sempre algo transitório e que se faz em determinado contexto.
Esse jogo de construções de si mesmo é um jogo de identidades. A cada momento somos chamados a assumir uma identidade. É culturalmente, nas nossas relações sociais, que as identidades de gênero vão sendo construídas. E é também pela produção cultural que elas vão mudando, de acordo com os valores socialmente dominantes.

1º Ano - Trabalho avaliativo: Feira de Ciências

1º Ano - Trabalho avaliativo: Feira de Ciências - Modelos atômicos

→ Em grupo: máximo 6 integrantes.
→ Valor: 6,0.
→ Data a ser estipulada.

→ Temas a serem sorteados:
1) Modelo atômico e postulados de John Dalton;
2) Experimento de Joseph Thomson;
3) Modelo atômico de Joseph Thomson;
4) Experimento de Ernest Rutherford;
5) Modelo atômico de Ernest Rutherford.
6) Experimento de Niels Bohr;
7) Modelo atômico de Niels Bohr;

→ Cada grupo deverá preparar maquete do experimento e/ou do modelo atômico referente ao seu tema. No dia da apresentação, cada grupo será responsável por: 1) explicar o funcionamento do experimento referente ao seu tema e tratar brevemente do contexto em que foi realizado o experimento (onde, quando, por que, quem, com que materiais, falhas ou êxitos); 2) explicar a teoria atômica referente ao seu tema e tratar brevemente do contexto em que foi elaborada a teoria (onde, quando, por que, quem, como foi recebida e quais as consequências).

→ Na aula imediatamente posterior à apresentação, cada grupo deverá entregar relatório digitado e impresso contendo breve descrição de como ocorreu a realização do trabalho: quando, quantas e como foram as reuniões; quais fontes de pesquisa foram consultadas; quem ajudou (ou não) e de que maneira ajudou (ou não) na realização do trabalho; dificuldades encontradas pelo grupo.
- A capa do relatório deverá conter: nome da escola, nomes dos integrantes em ordem alfabética, título do trabalho, turma, local e data.

1º Ano - Resumo: Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 03 (A ciência e a arte)

1º Ano - Resumo: Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 03 (A ciência e a arte)

A relações entre arte e ciência são estreitas, cada uma se apropriando dos conhecimentos da outra durante sua evolução.
→ A ciência é um tipo de pensamento que investiga os fenômenos da natureza e cria conhecimentos sobre ela por um processo de experimentação. É um conhecimento sistemático porque é organizado e procura relacionar as várias partes que compõe esse conhecimento, é metódico porque segue um caminho previamente concebido, utilizando ferramentas adequadas para a obtenção de um resultado.
→ A ciência de hoje foi criada no século XVI e nasceu de um processo iniciado bem antes. A ideia de que só podemos construir explicações com base em fatos observados revolucionou o pensamento científico.
→ Os filósofos gregos falavam em dois níveis de conhecimento: a doxa e a episteme. Doxa: conhecimento baseado nas observações cotidianas e produzido sem método nem sistematização. Episteme: conhecimento racional, também baseado em observações, mas construído de maneira sistemática e metódica.
→ Os primeiros filósofos (pré-socráticos) dedicaram-se a explicar aquilo que chamavam de physis (a natureza). Seu principal problema era a busca pela arkhé, ou o princípio universal de todas as coisas, elemento do qual todas as coisas provêm. Procuravam abandonar as explicações míticas ou religiosas, construindo uma hipótese racional.
→ No século XVI, quando o que chamamos de ciência foi criada e consolidada, discutia-se qual seria o método apropriado para se chegar aos conhecimentos verdadeiros.
→ René Descartes: método cartesiano. O método começa sempre com a dúvida metódica. procedimentos para alcançar o conhecimento de modo seguro: 1) nunca aceitar como verdadeiro algo que fosse possível duvidar; 2) dividir os problemas em problemas menores: análise; 3) conduzir o pensamento de forma ordenada, indo sempre do mais simples para o mais complexo: síntese; 4) revisar a produção do conhecimento em cada etapa, de modo a nada esquecer ou deixar de lado.
→ Esse método, baseado na matemática, concebe a ciência como um conhecimento racional e demonstrativo.
→ O método cartesiano conquistou seguidores, mas também opositores, que sustentaram que o conhecimento verdadeiro só pode ser alcançado partindo-se das observações que fazemos por meio dos sentidos. Esta posição ficou conhecida como empirismo.
→ John Locke: não existem ideias inatas: quando nascemos nossa mente é como uma folha de papel em branco (uma tabula rasa), na qual a experiência vai escrevendo as informações por meio dos sentidos. Distinção entre ideias simples, produzidas diretamente a partir das informações obtidas pelos sentidos, e ideias complexas, produzidas a partir de outras ideias. As ideias simples estão mais próximas da experiência, portanto a chance de estarem erradas é menor.
→ Da combinação destas diferentes posições surgiu o que se denomina ciência moderna, cuja diretriz foi dada pelo filósofo alemão Immanuel Kant: o conhecimento é sempre algo produzido pela razão, mas ela nunca é pura, pois depende dos dados obtidos pelos sentidos.
→ A ciência moderna caracteriza-se por dois aspectos principais: a utilização do método experimental, sua aplicação a um objeto específico.
→ O método científico pode ser caracterizado por cinco passos: => observação: deve ser metódica, rigorosa, seguindo procedimentos e protocolos específicos, definidos pelo método; => formulação de uma hipótese: com base nos fatos observados, faz-se uma reorganização dos dados obtidos, de modo a explicar o que foi visto; => experimentação: verifica-se a hipótese construída, que pode ser ou não comprovada; é uma nova observação feita em condições privilegiadas, simulando a natureza; => generalização: encontrados na experimentação resultados que se repetem, é possível elaborar “leis” gerais ou particulares que expliquem os fenômenos; => elaboração de teorias (modelos): pelos dados obtidos, é possível criar modelos teóricos de aplicação mais geral, capazes de explicar realidades mais complexas.
→ A ciência não cria conceitos, mas funções. A função é a forma de proceder da ciência, que por meio da experiência relaciona determinados aspectos, tomando um em função do outro.
→ A ciência existe desde a Antiguidade, fazendo parte da própria filosofia. A partir do século XVII, alguns ramos começaram a se especializar e se tornar autônomos. Com a consolidação do método científico, sua aplicação a diferentes objetos constituiu diferentes ciências.
→ A física foi a primeira ciência autônoma moderna, seguiram-se a química e a biologia. Somente a partir da segunda metade do século XIX, o método científico, aplicado aos fenômenos humanos com certas adaptações, levou à criação das ciências sociais e das ciências humanas.
→ A partir do século XX, produziu-se a noção de conhecimento científico como um saber aberto, sempre aproximativo e corrigível, e não uma afirmação de verdades absolutas.
→ Atualmente a ciência é cada vez mais uma atividade colaborativa, feita em redes de pesquisa.