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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Links de material de pesquisa para debate sobre "Gênero e Sexualidade"

1º: Gênero e mercado de trabalho 
→ Perguntas: "Existe igualdade de direitos e oportunidades no que diz respeito a gênero no mercado de trabalho? Se sim, porque se fala tanto sobre este tema? Se não, quais as principais discrepâncias e onde mais acontecem? O que poderia explicar a situação das diferenças de gênero no mercado de trabalho?"
2º: Moral sexual nos anos 1960-1970 
→ Perguntas: "Qual era a postura em relação à sexualidade no Ocidente antes das décadas de 1960-1970? O que mudou desde então? O que contribuiu decisivamente para esta mudança?" 
3º: Sexualidade e religião 
→ Perguntas: "Como a religião cristã entende a sexualidade? As regras para a vivência da sexualidade presentes na religião cristã são adequadas para os nossos tempos? Se sim, como segui-las em uma sociedade cada vez aberta à sexualidade? Se não, como conciliar uma fidelidade religiosa e uma vivência liberal da sexualidade? 
4º Machismo e feminismo
→ Perguntas: "O que é machismo? O que é feminismo? Machismo e feminismo sempre existiram? Qual a necessidade de um movimento como o feminista? Seria possível ou algo absurdo pensar no machismo como defesa de direitos do gênero masculino?"
5º  Moral sexual em países não-cristãos
→ Perguntas: "O modo como os orientais, os indianos, os polinésios, os africanos ou os indígenas vivenciam a sexualidade é o mesmo das sociedades que seguem uma moral cristã? Em que se parecem e em que se diferenciam? Quais são os mais liberais e quais são os mais radicais, de acordo com suas pesquisas? Existe alguma hipótese, além da religião, para explicar as diferenças na vivência da sexualidade?"

6º Gênero na política
→ Perguntas: "Existe igualdade de direitos e oportunidades no que diz respeito a gênero nas organizações políticas? Se sim, porque é inclusive necessário que hajam leis que garantam, no Brasil, um mínimo efetivo de participação do gênero feminino? Se não, além de leis capazes de garantir esta igualdade, o que mais pode e/ou deve ser feito? O que poderia explicar a situação das diferenças de gênero na política?"
→ Indicação de links para pesquisa: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/falta-de-mulheres-na-politica-agrava-desigualdade-de-genero-no-brasil-diz-pnud> - <https://rccs.revues.org/1765> - <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/desigualdade-de-genero-persiste-na-politica-2cqqv6clprv5juwdv6te24si6> - <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762008000200004> - <http://www.observatoriodegenero.gov.br/eixo/politicas-publicas>
>>>Obs.: 1) os links são apenas sugestões; há mais material sobre qualquer um dos temas à disposição na Web, portanto, a pesquisa pode ser ainda mais rica. 2) as perguntas não são sugestões, são aquilo mesmo a que as pesquisas precisam responder.
3) cuidado com as fontes pesquisadas: não quer dizer que, por estar na Web, seja válido de pronto.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

O Hino Nacional e sua mensagem de patriotismo


O Hino Nacional e sua mensagem de patriotismo¹

O Hino Nacional Brasileiro é um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil, juntamente com a bandeira nacional, as armas nacionais e o selo nacional. Sua execução passou a ser obrigatória desde setembro de 2009 ao menos uma vez por semana para os alunos do ensino fundamental das escolas públicas e particulares de todo o país, e deve ocorrer de acordo com o Capítulo V da Lei 5.700 de 1971. Este capítulo da lei trata dos símbolos nacionais e, entre outras coisas, determina que durante a execução do Hino Nacional, todos devem tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio; civis do sexo masculino com a cabeça descoberta e os militares em continência, segundo os regulamentos das respectivas corporações. Além disso, é vedada qualquer outra forma de saudação gestual ou vocal, por exemplo, aplausos, gritos de ordem ou manifestações ostensivas do gênero, sendo estas desrespeitosas ou não.

A música do Hino Nacional foi composta por Francisco Manuel da Silva, tornando-se popular a partir de 1831 juntamente com uma letra que comemorava a abdicação de D. Pedro I. Após a coroação de D. Pedro II sua letra foi trocada e, em razão de sua popularidade, passou a ser considerada o hino nacional brasileiro, embora não fosse oficializado. Após a proclamação da República, foi aberto um concurso para escolher um novo hino, cujo ganhador foi Leopoldo Miguez. Contudo, devido à pouca aceitação popular, o governo de Deodoro da Fonseca oficializou a composição de Francisco Manual da Silva como Hino Nacional Brasileiro, estabelecendo como Hino da Proclamação da República a composição de Leopoldo Miguez. Em 1906 realizou-se um novo concurso para escolher uma letra que se adaptasse ao hino que teve como vencedor o poema de Joaquim Osório Duque Estrada, em 1909. Em 1922, durante o governo de Epitácio Pessoa, um Decreto oficializou como Hino Nacional Brasileiro a música de Francisco Manuel da Silva e o poema de Joaquim Osório Duque Estrada, permanecendo desta maneira desde então.

A letra oficial do hino foi composta em uma época em que a produção literária seguia padrões de preciosidade da versificação, e conquanto do ponto de vista poético seja uma bela composição, do ponto de vista do entendimento, principalmente levando-se em consideração o pouco acesso da população à educação formal, a poesia do hino nacional peca e muito, de tal modo que algumas pessoas, mesmo tendo certo grau de erudição, sequer compreendem alguns trechos. Por exemplo, logo nos dois primeiros versos podemos ler Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De um povo heroico o brado retumbante, que embora pareçam obscuros nada mais fazem do que aludir ao grito de independência dado às margens do calmo rio Ipiranga, e um grito estrondoso porque dado por um povo heroico, representado por sua vez na figura de D. Pedro I. Até o final o hino segue este mesmo padrão de preciosismo e beleza poética, embora sofra da mesma dificuldade de entendimento.

Se o hino de uma nação deve fortalecer o espírito de amor à pátria, o local onde se nasce e muito provavelmente se viverá, exortando seus cidadãos a lutarem por uma pátria cada vez melhor, como devemos considerar o nosso hino nacional, com seu obscurantismo e por isso mesmo tão pouca aceitação? Ora, as imagens do hino parecem-nos mais um ideal a alcançar: uma nação que reconhece e preserva sua beleza, por sua própria natureza gigante, uma nação justa e pacífica, mas pronta para defender bravamente e até a morte a justiça, uma nação onde deve reinar a liberdade, uma nação em pé de igualdade ante as maiores nações, uma brilhante preciosidade da América. Estas são as imagens presentes no Hino Nacional Brasileiro, que evidentemente até hoje não puderam representar um estado real da sociedade brasileira. Mas não devemos pensar ou sentir nosso próprio hino sob estes aspectos de falsidade e negatividade, de falta de clareza, de exclusão da sua mensagem para maioria. Devemos a partir de agora pensar, durante a execução do Hino Nacional Brasileiro, nos meios que utilizaremos para elevar o Brasil ao nível do belo ideal de nação que seu hino nos apresenta; devemos a partir de agora sentir, durante esta e durante todas as execuções do Hino Nacional Brasileiro, o desejo e a vontade de tornar este país gigante, rico e ainda mais belo por ser justo, como nós sonhamos e nossos descendentes merecem. 


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¹ Texto preparado para leitura antes da execução do Hino Nacional Brasileiro, da semana de 07 de Setembro de 2013. (Porém, não foi lido na data).