>>>1º ANO
→ Fetec: 10,0.
→ Gincana: 3,0 (extra).
→ Eleição Colegiado: 2,0 (extra).
→ Resumo Capítulo 02 (1ª parte) - Unidade 01: 1,0.
→ Resumo Capítulo 02 (2ª parte) - Unidade 01: 1,0.
→ Atividades 1 e 3 (pág. 31), e 1, 2, 3 (pág. 33) do Capítulo 02 - Unid. 01: 1,0.
→ Trabalho de pesquisa (Jesus histórico - Ditados populares): 3,0
→ Resumo capítulo 03 - Unidade 01: 4,0.
→ Atividades 1, 2, 3, 4 (pág. 53) do Capítulo 03 - Unid. 01: 1,0.
→ Conceito: 4,0.
>>>2º ANO
→ Fetec: 10,0.
→ Gincana: 3,0 (extra).
→ Trabalho coletivo: 3,0 (extra)
→ Eleição Colegiado: 2,0.
→ Resumo Capítulo 02 (1ª parte) - Unidade 02: 1,0.
→ Resumo Capítulo 02 (2ª parte) - Unidade 02: 1,0.
→ Atividades 1 e 2 (pág. 91), e 1, 2, 5 (pág. 93) do Capítulo 02 - Unid. 02: 1,0.
→ Resumo capítulo 03 - Unidade 02: 2,0.
→ Atividades 1, 2 (pág. 106 - Questões sobre o texto) e 1, 2, 3, 4 (pág. 106 - Em busca do conceito) do Capítulo 03 - Unid. 02: 2,0.
→ Trabalho de pesquisa (Homossexualismo no mundo animal): 2,0.
→ Conceito: 4,0.
>>>3º ANO
→ Fetec: 10,0.
→ Gincana: 3,0 (extra).
→ Trabalho coletivo: 3,0 (extra)
→ Eleição Colegiado: 2,0.
→ Resumo Capítulo 02 (1ª parte) - Unidade 02: 1,0.
→ Resumo Capítulo 02 (2ª parte) - Unidade 02: 1,0.
→ Atividades 1 e 2 (pág. 91), e 1, 2, 5 (pág. 93) do Capítulo 02 - Unid. 02: 1,0.
→ Resumo capítulo 03 - Unidade 02: 2,0.
→
Atividades 1, 2 (pág. 106 - Questões sobre o texto) e 1, 2, 3, 4 (pág.
106 - Em busca do conceito) do Capítulo 03 - Unid. 02: 2,0.
→ Trabalho de pesquisa (Homossexualismo no mundo animal): 2,0.
→ Conceito: 4,0.
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sexta-feira, 10 de junho de 2016
Resumo (1ª parte) do Capítulo 02 (Filosofia e outras formas de pensar) da Unidade 01 (Como pensamos?)
→ A
filosofia é um pensamento que não dá respostas prontas e nos força
a pensar. Há outras formas de pensamento que fornecem conhecimentos
que não interrogamos.
>>>
Filosofia e Mitologia
→
O mito é uma narrativa fictícia e imaginada, cujo objetivo é
explicar alguma coisa ou algum acontecimento, recorrendo a forças
sobrenaturais.
→
A mitologia não é uma religião sistemática e institucionalizada,
mas uma espécie de religiosidade aberta e mutante.
→
No século VIII a.C. as principais narrativas mitológicas gregas
foram reunidas em poemas épicos por Homero (Ilíada e Odisseia) e
Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias).
→
Ainda continuamos a criar mitos, a inventar narrativas mitológicas,
porém sem o mesmo apelo que tiveram na Antiguidade.
→O
pensamento filosófico desenvolveu-se em uma forma de conhecimento
que se diferencia da mitologia; contudo, não a substituiu:
continuaram convivendo, às vezes conflituosamente, como ocorre até
hoje.
>>>
Filosofia e Religião
→
Religião é um conjunto de crenças, em geral amparadas em um texto,
compreendidas como uma revelação de Deus (ou um conjunto de
deuses).
→
Religiões são dogmáticas, compostas de ritos, tornam-se
instituições com hierarquia.
→Características
do conhecimento religioso: => conjunto de ideias expressas em um
texto ou livro sagrado, compondo o dogma da religião; =>
organização institucional de um conjunto de pessoas que administram
esse conhecimento e a relação das pessoas com ele; => definição
de rituais na forma de viver esse conhecimento e se relacionar com
ele.
→
Assim como o mito, a religião é uma forma de pensamento, um modo de
explicar a natureza, os fatos cotidianos e o sentido da vida humana.
→
As religiões são encontradas em todas as culturas, desde a
antiguidade. Elas se relacionam com questões políticas e
econômicas, podendo ser manipuladas com objetivos alheios a si.
Resumo (1ª parte) do Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano) da Unidade 02 (O que somos?)
→ Segundo
Aristóteles, o humano é um ser de linguagem, quer dizer, é a
linguagem que nos faz humanos.
→ Os
animais se comunicam entre si, mas apenas os humanos são portadores
de uma linguagem estruturada.
→ A
linguagem verbal é um sistema simbólico. Está baseada em palavras,
que são organizadas em frases e em conjuntos de frases.
→ As
palavras são símbolos, isto é, formas de representar alguma coisa,
seja um objeto, seja uma ação.
→ Platão
afirmava que a palavra é um pharmakon,
não tendo valor definitivamente positivo, podendo tanto ser usada
para nos aproximar das ideias verdadeiras por meio da dialética,
quanto ser usada para enganar.
→ Aristóteles,
não concordando inteiramente com Platão, foi talvez o primeiro
pensador a tentar mostrar que, embora as palavras sejam convenções,
existe uma série de regras de uso que permitem a construção de um
discurso verdadeiro, para além da relatividade das palavras. A
palavra é um pharmakon,
mas é também um organon,
isto é, um instrumento do pensamento.
→ No
século XX ocorreria a “virada linguística”, isto é, uma
mudança de foco das preocupações da filosofia para a linguagem.
→ Em
sua primeira obra Ludwig Wittgenstein preocupa-se com a essência da
linguagem. A linguagem é um sistema de representação e, portanto,
é diferente e ao mesmo tempo semelhante ao mundo. O mundo é
composto de fatos, e o que a linguagem representa, por meio das
proposições, são os fatos. Linguagem e mundo estão
intrinsecamente ligados: quanto mais ampla a minha linguagem, mais
amplo é meu mundo; quanto mais amplo meu mundo e minha linguagem,
mais possibilidade de pensamento eu tenho.
→ Em
sua segunda obra Wittgenstein passa a considerar que o problema não
é a busca da essência da linguagem, visto que não existe A
linguagem, mas linguagens múltiplas, com os seus diferentes usos.
Cada um desses usos é um jogo com suas regras, elementos e formas de
funcionamento próprio. O que há são diferentes jogos de linguagem,
cada um com seus usos e regras. O significado de uma palavra,
portanto, depende do jogo para o qual ela é usada.
→ A
linguagem é uma forma de expressão simbólica, por isso, segundo
Ernst Cassirer, podemos compreender o como “animal simbólico”,
pois é o ato de simbolizar que nos abre todo o universo da cultura.
Resumo do Capítulo 03 (A ciência e a arte) da Unidade 01 (Como pensamos?)
→ A relações entre arte e
ciência são estreitas, cada uma se apropriando dos conhecimentos da
outra durante sua evolução.
→ A ciência é um tipo de
pensamento que investiga os fenômenos da natureza e cria
conhecimentos sobre ela por um processo de experimentação. É um
conhecimento sistemático porque é organizado e procura relacionar
as várias partes que compõe esse conhecimento, é metódico porque
segue um caminho previamente concebido, utilizando ferramentas
adequadas para a obtenção de um resultado.
→ A ciência de hoje foi
criada no século XVI e nasceu de um processo iniciado bem antes. A
ideia de que só podemos construir explicações com base em fatos
observados revolucionou o pensamento científico.
→ Os filósofos gregos
falavam em dois níveis de conhecimento: a doxa e a episteme.
Doxa:
conhecimento baseado nas observações cotidianas e produzido sem
método nem sistematização. Episteme:
conhecimento racional, também baseado em observações, mas
construído de maneira sistemática e metódica.
→
Os primeiros filósofos (pré-socráticos)
dedicaram-se a explicar
aquilo que chamavam de physis
(a natureza). Seu principal problema era a busca pela arkhé,
ou o princípio universal de todas as coisas, elemento do qual todas
as coisas provêm. Procuravam
abandonar as explicações míticas ou religiosas, construindo uma
hipótese racional.
→ No século XVI, quando o
que chamamos de ciência foi criada e consolidada, discutia-se qual
seria o método apropriado para se chegar aos conhecimentos
verdadeiros.
→ René Descartes: método
cartesiano. O método começa sempre com a dúvida metódica.
procedimentos para alcançar o conhecimento de modo seguro: 1) nunca
aceitar como verdadeiro algo que fosse possível duvidar; 2) dividir
os problemas em problemas menores: análise; 3) conduzir o pensamento
de forma ordenada, indo sempre do mais simples para o mais complexo:
síntese; 4) revisar a produção do conhecimento em cada etapa, de
modo a nada esquecer ou deixar de lado.
→ Esse método, baseado na
matemática, concebe a ciência como um conhecimento racional e
demonstrativo.
→ O método cartesiano
conquistou seguidores, mas também opositores, que sustentaram que o
conhecimento verdadeiro só pode ser alcançado partindo-se das
observações que fazemos por meio dos sentidos. Esta posição
ficou conhecida como empirismo.
→
John Locke: não existem ideias inatas: quando nascemos nossa mente é
como uma folha de papel em branco (uma tabula rasa),
na qual a experiência vai escrevendo as informações por meio dos
sentidos. Distinção
entre ideias simples, produzidas diretamente a partir das informações
obtidas pelos sentidos, e ideias complexas, produzidas a partir de
outras ideias. As ideias simples estão mais próximas da
experiência, portanto a chance de estarem erradas é menor.
→ Da combinação destas
diferentes posições surgiu o que se denomina ciência moderna, cuja
diretriz foi dada pelo filósofo alemão Immanuel Kant: o
conhecimento é sempre algo produzido pela razão, mas ela nunca é
pura, pois depende dos dados obtidos pelos sentidos.
→ A ciência moderna
caracteriza-se por dois aspectos principais: a utilização do método
experimental, sua aplicação a um objeto específico.
→ O método científico
pode ser caracterizado por cinco passos: => observação: deve ser
metódica, rigorosa, seguindo procedimentos e protocolos específicos,
definidos pelo método; => formulação de uma hipótese: com base
nos fatos observados, faz-se uma reorganização dos dados obtidos,
de modo a explicar o que foi visto; => experimentação:
verifica-se a hipótese construída, que pode ser ou não comprovada;
é uma nova observação feita em condições privilegiadas,
simulando a natureza; => generalização: encontrados na
experimentação resultados que se repetem, é possível elaborar
“leis” gerais ou particulares que expliquem os fenômenos; =>
elaboração de teorias (modelos): pelos dados obtidos, é possível
criar modelos teóricos de aplicação mais geral, capazes de
explicar realidades mais complexas.
→ A ciência não cria
conceitos, mas funções. A função é a forma de proceder da
ciência, que por meio da experiência relaciona determinados
aspectos, tomando um em função do outro.
→ A ciência existe desde a
Antiguidade, fazendo parte da própria filosofia. A partir do século
XVII, alguns ramos começaram a se especializar e se tornar
autônomos. Com a consolidação do método científico, sua
aplicação a diferentes objetos constituiu diferentes ciências.
→ A física foi a primeira
ciência autônoma moderna, seguiram-se a química e a biologia.
Somente a partir da segunda metade do século XIX, o método
científico, aplicado aos fenômenos humanos com certas adaptações,
levou à criação das ciências sociais e das ciências humanas.
→ A partir do século XX,
produziu-se a noção de conhecimento científico como um saber
aberto, sempre aproximativo e corrigível, e não uma afirmação de
verdades absolutas.
→ Atualmente a ciência é
cada vez mais uma atividade colaborativa, feita em redes de pesquisa.
>>>Arte: o ser humano
como criador
→ Desde as primeiras
civilizações humanas, a arte é valorizada como um meio de
expressão do potencial criativo dos seres humanos.
→ Nietzsche: a beleza e a
criatividade da civilização grega antiga se deveram a sua
capacidade de articular duas forças, a princípio opostas: o
apolíneo e o dionisíaco. A criação humana depende da articulação
destes dois princípios: o dionisíaco nos dá o princípio criativo
e o apolíneo nos dá a ordem e a harmonia necessárias para a
produção de algo belo. É a arte – com suas forças de criação
– que nos faz plenamente humanos, pois ela nos dá a oportunidade
de produzir nossa própria vida, construindo o que somos na medida em
que vamos vivendo.
→ Analisando a arte e a
cultura no século XX, os filósofos Adorno e Horkheimer, criaram o
conceito de indústria cultural. Antes deles, outro filósofo alemão,
Walter Benjamin, havia publicado um ensaio sobre a questão da arte
na sociedade industrial.
→ Benjamin: a natureza da
obra de arte transforma-se com a invenção das técnicas de
reprodução mecânicas, pois não faz mais sentido falar em
original. A reprodução contém um aspecto positivo, pois
democratiza o acesso à arte; embora esta perdesse seu caráter
singular, de ser única, podia agora ser levada às massas.
→ Adorno e Horkheimer:
caráter dessa democratização é problemático, pois a obra de arte
reproduzida podia ser transformada em apenas mais uma mercadoria pela
lógica capitalista e, como mercadoria, deixava de ser obra de arte.
Surgia assim uma nova indústria, a “indústria cultural”,
destina a produzir objetos culturais para serem vendidos como
mercadoria.
→ O efeito desse processo é
a semicultura, isto é, a cultura pela metade. Ouvimos e assistimos o
que o mercado e a indústria cultural nos oferece. Pensamos que
escolhemos o que gostamos, mas escolhemos apenas a partir das opções
que a indústria cultural nos dá.
→ Em que medida a internet
pode agir a favor ou contra a indústria cultural. Por um lado a
tecnologia permite que os artistas possam criar e divulgar seu
trabalho, mesmo sem acesso aos recursos financeiros, nesse sentido, a
internet contraria a indústria cultural. Por outro lado, porém, a
tecnologia e a internet podem ser, elas mesmas, um reforço da
própria indústria cultural.
>>> Arte e criação
→ Ao relacionar-se com o
mundo, como qualquer pessoa, o artista experimenta sensações que o
afetam, o mobilizam, deixam nela alguma marca. Diferentemente, os
artistas são capazes de transformar as percepções e os sentimentos
em algo que condensa esse estado.
→
Outra pessoa, quando em contato com o objeto artístico, sente-se
afetada por ele. Por isso, Deleuze e Guatarri falam da potência
criativa da arte: o que o artista cria é um “bloco de sensações”
capaz de provocar novas sensações nas pessoas.
→ É importante ressaltar
que os sentimentos da pessoa que usufrui a obra não são
necessariamente os mesmos do artista. Cada um tem suas próprias
percepções, e uma mesma obra pode provocar reações muito
diversas.
>>> As três
potências do pensamento
→ Afinal, por que a
filosofia mantém com a mitologia, a religião e o senso comum
relações muitas vezes conflituosas, enquanto seus vínculos com a
arte e a ciência são mais estreitos?
→ Uma obra de arte é
produto de uma experiência do pensamento que tem o potencial de
despertar em outras pessoas a sensibilidade e a curiosidade,
instigando-as a pensar. Da mesma forma, uma teoria científica é
também um produto do pensamento e estimula outras pessoas a
refletir. A filosofia, igualmente, consiste em produzir conceitos com
base em experiências do pensamento e gerar, assim, outros
pensamentos.
→ Com as formas de
enfrentar o mundo que não convidam nem incitam a um pensamento
constante, a filosofia não pode interagir com a mesma intensidade.
Com aquelas que estão o tempo todo nos fazendo pensar, a filosofia
dialoga, e interfere nelas, da mesma forma que recebe suas
influências e interferências.
→ Enquanto a ciência
produz funções, a arte produz sensações e a filosofia produz
conceitos, as três se complementam na invenção de novas formas de
ver o mundo e a vida.
Resumo do Capítulo 03 (Corporeidade, gênero e sexualidade) da Unidade 02 (O que somos?)
→ Vivemos
hoje um “culto ao corpo”, que nem sempre tem a ver com a ideia de
saúde e bem-estar. Em geral, o que predomina é a preocupação
estética.
→ Na
antiga sociedade moralista, a ética e a virtude impunham uma série
de deveres. Hoje, a “sociedade pós-moralista” valoriza o bem
estar individual. Em lugar dos deveres, há agora “tarefas” para
alcançar a felicidade.
→ Quando
dizemos “eu”, falamos de um corpo ou de outra coisa, um “recheio”
que está no corpo? Será o corpo que nos faz ser o que somos?
→ Podemos
destacar a corporeidade como uma das dimensões humanas mais
fundamentais.
→ Os
gregos davam muita importância ao corpo. Somos seres constituídos
de “soma” e “psique”.
→ Platão:
dualismo psicofísico. Enquanto vive, o ser humano é uma união
indissolúvel de um corpo físico mortal com uma alma ideal imortal.
É preciso cuidar do corpo
para que possamos cuidar da alma.
→ Aristóteles:
hilemorfismo. O ser humano é feito de matéria (corpo físico) e
forma (alma). Embora distintas, estas essas duas realidades são
inseparáveis. Concepção orgânica: alma é aquilo que anima um
corpo, estando totalmente integrada a ele, formando um sistema
orgânico.
→ Idade
Média: o corpo é sagrado e ao mesmo tempo fonte de pecado. Caberia
à alma, expressão da pureza divina, controlar os desvios do corpo.
→ Espinosa:
corpo-mente. Não utiliza alma, mas a palavra mente. Corpo e mente
são uma coisa só. Se nos referimos ao pensamento, chamamos de
mente, se nos referimos à matéria, corpo. Concepção não
dualista. Pela primeira vez pergunta sobre as possibilidades do
corpo. As ações do corpo dependem dos estímulos (afecções) que
ele recebe. Dependendo de como é afetado, sua potência de agir
aumenta (alegria) ou diminui (tristeza).
→ Merleau-Ponty:
“corpo próprio”. A certeza da existência não está no
pensamento mas no corpo. É no ato de percepção que descobrimos que
existimos. Critica a filosofia e a fisiologia por serem mecanicistas:
o corpo não é um objeto, um mecanismo. Tampouco é pura consciência
ou percepção. Meu corpo próprio é a sede da percepção do mundo
e de mim mesmo. Única possibilidade de existência concreta.
→ Foucault:
o corpo é lugar em que o poder atua. O “desprezo pelo corpo” na
Idade Moderna é apenas aparente, uma forma de não perceber o grande
esforço que foi feito para mantê-lo controlado, para tomá-lo como
força de trabalho pelo “poder disciplinar”, que atuava
individualizando os corpos em instituições disciplinares.
→ Um
dos desdobramentos da corporeidade é a sexualidade: o corpo é
sexuado. Em uma visão
mecanicista do corpo, o sexo é visto como algo puramente biológico.
Mas existe também um dimensão simbólica, que diz respeito à forma
como representamos e vivenciamos a corporeidade e que se coloca para
além do biológico. Essa dimensão simbólica é o universo da
cultura. Se o corpo não é apenas matéria, pois existe em uma dada
cultura, a sexualidade está relacionada à dinâmica da vida humana.
→Foucault:
história da sexualidade: na mesma medida em que se falava de sexo,
ele era reprimido. Dois caminhos das civilizações para estabelecer
a “verdade” do sexo: 1. “arte erótica” como forma de
prescrever as melhores e mais corretas maneiras de viver o sexo; 2.
produção de um conhecimento
científico sobre o sexo, como forma de procurar sua “verdade”.
Dessas duas vertentes surgem duas linhas no sobre o sexo no Ocidente:
um saber científico legítimo e uma visão moral do sexo. Nessa
visão moral predominou a perspectiva heterossexual.
→ A
vivência da sexualidade envolve uma conjunção dos fatores
biológico e cultural, e nela também interfere a “questão do
gênero”. Uma coisa é o sexo de cada pessoa visto sob o ponto de
vista biológico, outra é o gênero, que também está profundamente
ligado à vivência das pessoas em determinada época ou lugar.
→ Simone
de Beauvoir: a condição da mulher na sociedade, a “condição
feminina”. “Ninguém nasce mulher, mas torna-se mulher”
conforme vive. A cultura e o pensamento sempre foram dominados pelo
homens. Desvendar e compreender essa condição é a tática para
poder lutar contra ela, construindo outras realidades para o
feminino.
→ A
construção da sexualidade é biológica, cultural e histórica,
assim como a construção do que somos em outras esferas.
→ Deleuze
e Guatarri: há muitas “camadas” nas formas pelas quais vivemos a
sexualidade e cada pessoa “embaralha” em si mesma o masculino e o
feminino, o homossexual e o heterossexual. Se a sexualidade se reduz
a dois gêneros é em razão de todo um aparato social repressor que
procura conter os jogos do desejo. Um definição de gêneros é
sempre algo transitório e que se faz em determinado contexto.
→ Esse
jogo de construções de si mesmo é um jogo de identidades. A cada
momento somos chamados a assumir uma identidade. É culturalmente,
nas nossas relações sociais, que as identidades de gênero vão
sendo construídas. E é também pela produção cultural que elas
vão mudando, de acordo com os valores socialmente dominantes.
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