3º
Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por
que para quê?)
*Colocando
o problema
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A área dedica a refletir sobre as ações humanas em relação à vida
em coletividade e à vida de cada um é denominada ética.
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Ética vem do grego êthos:
caráter, índole, maneira de ser de uma pessoa e de uma sociedade.
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O gregos também tinham uma palavra muito próxima: éthos,
que significa costume, uso, hábito. Em latim foi traduzida
por mor, moris;
em português “moral”.
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Para os antigos gregos, êthos
é diferente de éthos,
pois para viver eticamente é
necessário se conhecer, pensar na quilo que se faz.
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Aristóteles e a ética como ação para a felicidade:
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Século IV a. C.: sistematização da ética (ciências poiéticas,
ciências práticas, ciências teoréticas).
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A filosofia ética estuda as ações humanas baseadas naquilo que é
natural em cada ser humano, seu caráter ou temperamento, ensinando a
viver de acordo com o caráter de cada um, embora não signifique
agir de modo predeterminado, passional: a ética implica uma ação
racional.
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A tarefa da ética é educar nosso apetite, para que evitemos os
vícios e alcancemos a virtude.
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A tarefa da ética é ensinar bons costumes (bom éthos),
baseados no bom caráter (bom êthos),
através do hábito de agir virtuosamente.
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Todas as atividades humanas tendem a “fins” que são “bens”.
O fim último das ações humanas é a felicidade, pois é o único
fim desejável em si mesmo e por si mesmo.
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Felicidade não é viver uma vida de prazer e gozo, de riqueza, de
honra, de pura contemplação.
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A alma possui três
faculdades ou capacidades: vegetativa, sensitiva e racional.
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Felicidade é uma atividade da alma conforme a virtude perfeita.
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A virtudes podem ser: 1) práticas, quando não-desejáveis por si
mesmas, ligadas à faculdade apetitiva da alma, adquiridas por meio
do domínio dos apetites pela faculdade racional por meio do hábito
de uma vida equilibrada; 2) intelectuais ou dianoéticas, quando
desejáveis em si mesmas, ligadas à parte racional da alma que busca
e encontra prazer na contemplação.
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O prazer é um bem, embora não seja a finalidade da vida ética,
pois extingue-se em si mesmo. Há diferentes prazeres e a tarefa da
ética é traçar uma hierarquia de prazeres. O prazeres do
pensamento são superiores.
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Para garantir o hábito de agir racionalmente, são necessárias leis
que forcem à ação de acordo com normas e valores da razão.
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Kant e a ética como ação segundo o dever:
→No
século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant desenvolveu uma
ética baseada na ideia de que as ações humanas são orientadas por
intenções e não por finalidades.
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A intenção fundamental da ação humana é o dever.
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O sujeito moral, que age racionalmente, é umas das facetas do ser
humano; as outras são o sujeito do conhecimento e o sujeito
estético.
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Há duas esferas da razão: a teórica e a prática. A razão prática
está relacionada ao agir, à determinação da vontade, capaz de
legislar sobre esta, impondo-lhe normas que conduzem a ação moral.
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Somos livres porque somos seres de vontade; como a vontade é
resultante do exercício da razão, somos livres porque somos
racionais.
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Ser livre é estar submetido
a uma razão prática, isto é, quando somos autônomos.
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Se cada um agisse de maneira própria, não haveria comunidade humana. É
preciso construir uma coletividade através de um princípio
universal dado pela razão prática.
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O princípio universal deve ser puramente formal e deve ser expresso
na forma de um imperativo categórico, uma fórmula que ordena de
modo incondicional: “Age de modo que a máxima da tua vontade possa
valer sempre como princípio de legislação universal.”
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Não se trata de agir de acordo com uma lei, uma tradição ou um
costume, mas segundo um princípio dado pela própria razão
determinando a vontade, como um ato de liberdade.
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“Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele
próprio é culpado. (…) Sapere aude!
(Ouse saber!)”