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terça-feira, 23 de maio de 2017

3º Ano - Trabalho Avaliativo: "A vida como construção: uma obra de arte" - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 03

3º Ano - Trabalho Avaliativo: "A vida como construção: uma obra de arte" - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 03

→ Em grupo.
→ Valor: 6,0.
→ Data da apresentação/entrega: a ser estipulada.


→ Temas: >>> 1) Diógenes e os cínicos - pág. 156-158. >>> 2) O estoicismo e a busca da ataraxia - pág. 158-161. >>> 3) Uma filosofia do prazer - pág. 161-163. >>> 4) Foucault e uma estética da existência - pág. 163-165. >>> 5) Texto I: Carta sobre a felicidade - pág. 166. >>> 6) Texto II: Sobre a brevidade da vida - pág. 167.

→ Apresentar/Explicar os temas para a sala tendo como base principalmente o texto do livro didático. Dois grupos por aula: mínimo 13 e máximo 18 minutos cada apresentação.
→ Utilizar slides ou cartolinas. Quantidade mínima a ser estipulada. Slides deverão ser salvos em formato de imagem ".JPEG": segue link de um vídeotutorial: Salvando ou Transformando PowerPoint em JPEG - TutoriaisTech.
→ Entregar parte redigida contendo: capa, sumário, apresentação, desenvolvimento: resumo do texto/tema e pesquisas extras, relatório final, referências bibliográficas. Obs.: modelo para a formatação será passado em sala.
→ Elaborar/pesquisar duas questões fechadas sobre o tema para aplicar aos outros alunos no dia da apresentação.

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano)


>>> Filosofia e linguagem na Antiguidade
Segundo Aristóteles, o humano é um ser de linguagem, quer dizer, é a linguagem que nos faz humanos.
Os animais se comunicam entre si, mas apenas os humanos são portadores de uma linguagem estruturada.
A linguagem verbal é um sistema simbólico. Está baseada em palavras, que são organizadas em frases e em conjuntos de frases.
As palavras são símbolos, isto é, formas de representar alguma coisa, seja um objeto, seja uma ação.
Platão afirmava que a palavra é um pharmakon, não tendo valor definitivamente positivo, podendo tanto ser usada para nos aproximar das ideias verdadeiras por meio da dialética, quanto ser usada para enganar.
Aristóteles, não concordando inteiramente com Platão, foi talvez o primeiro pensador a tentar mostrar que, embora as palavras sejam convenções, existe uma série de regras de uso que permitem a construção de um discurso verdadeiro, para além da relatividade das palavras. A palavra é um pharmakon, mas é também um organon, isto é, um instrumento do pensamento.

>>> A “virada linguística”
No século XX ocorreria a “virada linguística”, isto é, uma mudança de foco das preocupações da filosofia para a linguagem.
Em sua primeira obra Ludwig Wittgenstein preocupa-se com a essência da linguagem. A linguagem é um sistema de representação e, portanto, é diferente e ao mesmo tempo semelhante ao mundo. O mundo é composto de fatos, e o que a linguagem representa, por meio das proposições, são os fatos. Linguagem e mundo estão intrinsecamente ligados: quanto mais ampla a minha linguagem, mais amplo é meu mundo; quanto mais amplo meu mundo e minha linguagem, mais possibilidade de pensamento eu tenho.
Em sua segunda obra Wittgenstein passa a considerar que o problema não é a busca da essência da linguagem, visto que não existe A linguagem, mas linguagens múltiplas, com os seus diferentes usos. Cada um desses usos é um jogo com suas regras, elementos e formas de funcionamento próprio. O que há são diferentes jogos de linguagem, cada um com seus usos e regras. O significado de uma palavra, portanto, depende do jogo para o qual ela é usada.

>>> Linguagem e cultura
A linguagem é uma forma de expressão simbólica, por isso, segundo Ernst Cassirer, podemos compreender o como “animal simbólico”, pois é o ato de simbolizar que nos abre todo o universo da cultura.
Cultura é o conjunto de tudo aquilo, no ambiente em que vivemos, que foi produzido pelo ser humano por meio do trabalho. Percebe-se, portanto, uma estreita ligação entre trabalho, cultura e linguagem: produzimos cultura ao transformar o mundo por meio do trabalho, e expressamos essas transformações por meio da linguagem. A produção de linguagem é também uma forma trabalho, o que significa que também a linguagem transforma o mundo.
Cultura é o mundo transformado pelo ser humano, natureza é a parte do mundo que não depende de nós, porém, não há aqui uma oposição: para realizar seu trabalho como transformação, o ser humano atravessa o mundo natural e é atravessado por ele.
A cultura não são apenas os objetos, mas também uma “trama simbólica”, produzida pela linguagem, na medida em que esta é a forma de expressão dos seres humanos.
Mesmo havendo distinções entre cultura erudita e popular, em termos filosóficos ambas são igualmente importantes como expressões do ser humano.
Ao mesmo tempo em que é a produção por da qual o ser humano se faz plenamente humano, a cultura, na sociedade capitalista, é também mercadoria.

>>> Cultura e mercadoria
Pensando nisso, Felix Guatarri distingue três sentidos do termo cultura: cultura-valor – a cultura é tratada como valor social, distinguindo quem é culto dos que não são; cultura-alma coletiva – a cultura tomada como a produção de um povo; cultura-mercadoria – o conjunto de “bens culturais”, existe um mercado cultural e difunde-se a cultura pelo mesmo mecanismo de distribuição de qualquer outro produto.
Para Guatarri, o que prevalece em nosso dias é o conceito de cultura-mercadoria, embora os outros dois continuem válidos. A cultura-mercadoria possui um aspecto negativo, porque valoriza a produção cultural pelo que ela pode render em termos econômicos; mas também possui um aspecto positivo de democratização ao acesso, já que não há distinção entre uma “cultura popular” e “cultura erudita”: ambas são mercadoria.

1º Ano - Resumo: Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 02 (Filosofia e outras formas de pensar)

A filosofia é um pensamento que não dá respostas prontas e nos força a pensar. Há outras formas de pensamento que fornecem conhecimentos que não interrogamos.

>>> Filosofia e Mitologia
O mito é uma narrativa fictícia e imaginada, cujo objetivo é explicar alguma coisa ou algum acontecimento, recorrendo a forças sobrenaturais.
A mitologia não é uma religião sistemática e institucionalizada, mas uma espécie de religiosidade aberta e mutante.
No século VIII a.C. as principais narrativas mitológicas gregas foram reunidas em poemas épicos por Homero (Ilíada e Odisseia) e Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias).
Ainda continuamos a criar mitos, a inventar narrativas mitológicas, porém sem o mesmo apelo que tiveram na Antiguidade.
O pensamento filosófico desenvolveu-se em uma forma de conhecimento que se diferencia da mitologia; contudo, não a substituiu: continuaram convivendo, às vezes conflituosamente, como ocorre até hoje.

>>> Filosofia e Religião
Religião é um conjunto de crenças, em geral amparadas em um texto, compreendidas como uma revelação de Deus (ou um conjunto de deuses).
Religiões são dogmáticas, compostas de ritos, tornam-se instituições com hierarquia.
Características do conhecimento religioso: => conjunto de ideias expressas em um texto ou livro sagrado, compondo o dogma da religião; => organização institucional de um conjunto de pessoas que administram esse conhecimento e a relação das pessoas com ele; => definição de rituais na forma de viver esse conhecimento e se relacionar com ele.
Assim como o mito, a religião é uma forma de pensamento, um modo de explicar a natureza, os fatos cotidianos e o sentido da vida humana.
As religiões são encontradas em todas as culturas, desde a antiguidade. Elas se relacionam com questões políticas e econômicas, podendo ser manipuladas com objetivos alheios a si.
O pensamento religioso apresenta-se como um conhecimento pronto e definitivo que algumas pessoas têm e outras não, que qualquer um pode aprender, desde que aceite os dogmas. Esse conhecimento está centrado na fé, uma confiança absoluta nas palavras que foram reveladas pela divindade.
O pensamento filosófico procura uma explicação racional, nem pronta nem definitiva, que faça sentido e possa convencer pela lógica e não pela aceitação do dogma.
As relações entre filosofia e religião são por vezes conflituosas. Mas há aspectos de concordância, pois ambas se formam como uma forma de ver o mundo.

>>> Filosofia e senso comum
Todos nós pensamos e construímos uma visão de mundo. Das coisas que observamos e vivemos cotidianamente, tiramos conclusões e elaboramos explicações. Mas esse tipo de conhecimento não é sistemático, não se baseia em métodos.
Senso comum é um tipo de conhecimento que todos nós experimentamos. Caracteriza-se por ser absorvido sem maiores reflexões, sem aprofundamento.
O senso comum é útil em determinadas situações, mas em outras situações precisamos também de um conhecimento formal, mais sistematizado, mais organizado, como somente a filosofia e a ciência podem produzir.
A filosofia parte do senso comum, mas tende a abandoná-lo no processo de criação de conceitos.
Não há filosofia sem um ponto de partida no senso comum, mas, ao mesmo tempo, se o pensamento permanecer no senso comum não haverá filosofia.

>>> Filosofia, arte e ciência: as potências do pensamento
A religião, o mito e o senso comum são formas de pensamento que produzem conhecimentos que nos ajudam a viver e a pensar, sempre segundo certos parâmetros já estabelecidos.

Há outras formas de pensar, as potências do pensamento, que expressam uma inquietação e uma insatisfação, buscam a renovação, nos fazem pensar e nos instigam a curiosidade para além do que já sabemos. São elas: a filosofia, a arte e a ciência.