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domingo, 24 de março de 2019

quinta-feira, 14 de março de 2019

Links vídeos: (1) 2º Ano / (2) 3º Ano. (1) Reportagem "Crianças selvagens" / Animais Inteligentes; (2) Reações de animais diante do espelho

Links vídeos: (1). 2º Ano / (2).  3º Ano. (1) Crianças selvagens / Animais Inteligentes; (2). Reações de animais diante do espelho

(1).
5 crianças selvagens criadas como animais:

Domingo Espetacular - Crianças Criadas por Animais 1/2:

Domingo Espetacular - Crianças Criadas por Animais 2/2:

Animais Inteligentes:

Golfinhos | Ciências da Natureza:


(2).
Animals in Mirrors Hilarious Reactions (Animais no Espelho Reações Hilárias):

Elephants family VS a Leopard refusing to share his Mirror in the Jungle (Gabon, Equatorial Africa) :

Chimpanzés e Espelhos (Chimps and Mirrors):

Animais engraçados na frente do espelho pela primeira vez:

quarta-feira, 13 de março de 2019

3º Ano - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 01 (Os valores e as escolhas)


3º Ano - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 01 (Os valores e as escolhas)

→ Se os humanos são seres de ação, o que move nossos atos? Por que agimos? Como agimos? Com base em que decidimos o que vamos fazer?

→ Para responder a estas questões, a filosofia parte da noção de valor. Quando temos que decidir, nós avaliamos, isto é, comparamos os prós e os contras de cada possibilidade e atribuímos diferentes valores a cada uma delas, e escolhemos aquela que nos parece ter mais valor.

→ Platão e a universalidade dos valores: como é possível tornar uma cidade justa e consequentemente feliz? Possibilitando aos cidadãos o conhecimento de sua própria natureza, pois somos felizes quando vivemos de acordo com nossa natureza. Cada um de nós tem um temperamento ou caráter, que é a forma como as três almas se temperam, se misturam, com uma delas predominando: concupiscível; irascível; racional. Tendo em vista os três caracteres básicos, a cidade justa deve conter três classes sociais: produtora, guardiã e governante. Cada classe contribuiria com as necessidades da comunidade e teria condições de viver de acordo com sua natureza. Aquele que age mais de acordo com sua própria natureza é qualificado virtuoso. Valores como felicidade, justiça e virtude são universais, isto é, valem para todos e em qualquer época e lugar. Sobre a virtude, o filósofo afirma já estar ela presente em nós desde o nascimento. Porém, precisamos alcançá-la pelo autoconhecimento.

→ Nietzsche e a historicidade dos valores: crítica à ideia platônica de universalidade dos valores. Eles são produzidos historicamente. A principal tarefa da filosofia seria produzir uma escala de valores, mostrando sua hierarquia. É sobre a própria moral que se precisa pensar, compreendida na história, analisada em suas origens. Predomina entre nós uma “moral de rebanho”, isto é, um tipo de ação em que grandes grupos seguem um líder. Essa moral, provém de uma inversão de valores, que passou a considerar o fraco como melhor que o forte. Todos os seres vivos são animados por um impulso vital: “vontade de poder” ou “vontade de potência”. Há uma “vontade de poder forte”, que é ativa, e uma “vontade de poder fraca”, que é reativa. Elas implicam dois tipos de caráter: um caráter ativo (forte) e um caráter reativo (fraco). Porém, foi sendo criada a ideia de que os fracos são os bons e os fortes, por oposição, são maus: a inversão de valores; cujas duas fontes principais são a crença na imortalidade da alma, como propunha a filosofia socrático-platônica; e o cristianismo, que levou a resignação às suas mais profundas consequências. Os dois caracteres (o forte e fraco) implicam dois sistemas de valores distintos, ou duas diferentes morais: a moral do forte, afirmativa; a moral do fraco, reativa. Há uma questão psicológica fundamental nesse mecanismo de criação de uma moral de rebanho: o ressentimento. há também duas concepções de felicidade: a felicidade ativa (viver ativamente, criando e produzindo); e a felicidade passiva (um entorpecimento, algo que se espera um dia possuir). É urgente um processo de “transvaloração dos valores”, uma superação dos valores atualmente vigentes, pela afirmação de valores ativos, e não mais reativos.

→ Sartre – valor, escolha e liberdade: trabalha com o método fenomenológico, que tem como um dos conceitos centrais o de consciência. A consciência não possui uma interioridade, é vazia de conteúdo, se caracteriza por ser um ato: o ser consciente é aquele que observa o mundo e, ao vê-lo, percebe que está vendo. O valor é a forma de ser da consciência. O valor tem a mesma estrutura da vontade: o valor é uma falta, uma ausência, que faz com que atuemos para preenchê-la, para anulá-la. Tão logo agimos e conquistamos um valor, preenchendo a ausência, a consciência quer se manifestar de outra forma, por meio de outros valores. É por meio desse processo que um ser transcende seu próprio ser, indo além de si mesmo. O valor não é algo dado, absoluto, mas um produto da consciência: é impossível uma moral que fundamente normas e leis em valores absolutos e abstratos. Só podemos falar em uma moral baseada na ação individual: cada ação humana só pode ser julgada depois de realizada e avaliada caso a caso. A relação consciência-valor é diferente da relação consciência-conhecimento. O conhecimento é a presença de um objeto que move a consciência na produção do saber. Na produção de conhecimento, a consciência atua de forma reflexiva, mas nem toda consciência é moral: os valores podem ser ou não objeto da atenção de minha consciência, mas nenhuma consciência será “moral” pelo simples fato de ser consciência. Uma moral baseada valores tidos como absolutos, como bons em si mesmos, é uma moral de “má-fé”, pois estamos recebendo uma orientação externa, muitas vezes imposta. Nós próprios inventamos nossos valores: somos nós mesmos que damos sentido às nossas vidas. As consequências políticas são claras: o “valor universal” é uma abstração irreal usada com a finalidade de manipular. O ser humano é livre, e a liberdade consiste no ato da escolha. Nós sempre escolhemos, e não há como evitarmos. Quando fazemos uma escolha, nós julgamos e avaliamos com base nos valores, que nos servem de referência e critério. Se não os temos, escolhemos algo para preencher essa ausência. A condição paradoxal do ser humano: só avaliamos e valoramos porque somos livres; mas, ao mesmo tempo, somos livres porque avaliamos e valoramos, escolhendo e agindo.

quinta-feira, 7 de março de 2019

1º Ano - Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 01 (Filosofia: O que é isso?)

1º Ano - Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 01 (Filosofia: O que é isso?)

*Colocando o problema
→ O pensamento filosófico acontece quando somos tirados do lugar-comum, quando nos deparamos com um problema.
→ Pensar filosoficamente não é algo comum. É um acontecimento raro e que produz transformações em nossa vidas.
→ Foi por meio do exercício do pensamento que o ser humano transformou o mundo e a si mesmo, criando ferramentas para enfrentar o problema da sobrevivência.
→ Também o pensamento dispõe de ferramentas (as tecnologias da inteligência), instrumento que criamos para tornar o pensamento mais eficiente: a oralidade, a escrita, a informática.
→ O seres humanos utilizaram as tecnologias da inteligência para elaborar diferentes tipos de conhecimentos. A filosofia é uma deles.
→ O que distingue a filosofia são seus instrumentos e aquilo que ela produz: os conceitos.

*A filosofia na história
→ De origem grega, a palavra filosofia é composta de phílos – amigo, amante – e sophía – sabedoria. O significado de filosofia, portanto, é “amor ou amizade pela sabedoria.
→ A filosofia é um movimento daquele que não sabe em direção a um saber, uma vontade de conhecer o mundo e a si mesmo.
→ Para Michel Foucault há duas formas de compreender a filosofia: 1) como busca da sabedoria; 2) como um trabalho de cada um sobre si mesmo, um modo de constitui a própria vida.
→ Pensar filosoficamente é refletir sobre os mais diversos problemas e situações sem aceitar automaticamente os conhecimentos recebidos.
→ Na reflexão em busca do conhecimento, a filosofia elabora conceitos.
→ “Todo os homens são filósofos”, pois todo ser humano utiliza conceitos, ou até mesmo os formula, em alguns momentos da vida.
→ A filosofia surgiu na Grécia, no século VII a. C.. Tales de Mileto (c. 625 a. C. - 556 a. C.) é considerado o primeiro filósofo.
→ Dentre as características da Grécia antiga que propiciaram o ambiente para o surgimento da filosofia, podemos destacar: 1) a civilização grega antiga construiu uma cultura pluralista; 2) os gregos eram estimulados a pensar por conta própria; 3) os gregos gostavam de discutir e polemizar.
→ O primeiros filósofos, em sua maioria, praticavam ensinamentos orais; sua prática era discursiva (baseada na fala) e dialógica (fundamentada no diálogo), como a de Sócrates. Os que produziam textos, geralmente utilizaram a forma poética.
→ Platão, ao contrário, escrevia em forma de diálogos, acreditando que por meio deles seria possível chegar a um refinamento de ideias. Método depois denominado dialética.
→ Emitir uma opinião não é pensar filosoficamente: a opinião é um pensamento subjetivo, uma ideia vaga sobre a realidade, que não tem fundamentação e na maioria das vezes nem pode ser explicada.
→ A filosofia, diferentemente, é uma prática de elaboração própria de ideias; parte da opinião, mas a recusa como verdade e vai além; busca uma reflexão mais sólida, por da qual o ser humano se realize em sua capacidade racional; as ideias elaboradas dessa forma podem ser defendidas com argumentos consistentes.
→ A prática filosófica humaniza as pessoas, tornando-as mais livres para pensar de forma crítica e criativa.

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 01 (O ser humano quer conhecer a si mesmo)

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 01 (O ser humano quer conhecer a si mesmo)

→ Em algum momento da vida, praticamente todo ser humano pergunta a si mesmo: “Quem sou eu?”
→ A partir do século V a. C., Sócrates põe o homem no foco do pensamento filosófico.
→ Platão: dualismo psicofísico: o ser humano é composto de um corpo físico, material, imperfeito e mortal, e de uma alma imaterial, perfeita e imortal.
→ Aristóteles: o ser humano é um “animal racional” e um “animal político”, quer dizer, é dotado de pensamento e linguagem.
→ Idade Média: o ser humano era considerado criatura e instrumento de Deus, e o mais importante era saber o que o criador espera da criatura.
→ Renascimento e Iluminismo: antropocentrismo contrário ao teocentrismo da Idade Média; confiança exacerbada na razão humana.

→ Natureza humana versus Condição humana:
→ Na busca pelo sentido do humano, uma pergunta frequente é: qual é a natureza humana? Nesta pergunta está implícita a ideia de que existe uma essência humano que nos distingue dos outros seres. Se somo dotados de uma natureza humana, quer dizer que já nascemos com ela.
→ Alguns filósofos, porém, não ficaram satisfeitos e afirmaram que o ser humano não é definido por uma característica universal, mas por aquilo que faz de si mesmo, nas realizações humanas no mundo. Tiraram o foco da essência humana e o colocaram na existência.
→ Esta condição humana refere-se aos fatores históricos e sociais em que o ser humano vive e sobretudo às ações que exerce sob essa condição.
→ Hanna Arendt: a condição humana é o exercício de uma vida activa, que se desdobra na três atividades humanas fundamentais: trabalho, obra, ação. A cada uma dessas atividades corresponde uma condição humana: ao trabalho a própria vida; à obra a mundanidade; à ação a pluralidade.
→ Karl Marx, no século XIX, integrou as visões de natureza e condição humana: por natureza humana entende-se aquilo de propriamente humano que é identificável em cada indivíduo; por condição humana entende-se a situação concreta vivida por homens e mulheres, bem como as características que eles assumem em cada momento histórico. Em sua época, Marx afirmava que a condição humana era a alienação no processo do trabalho, ou o trabalho alienado.

→ Filosofia da existência:
→ Raízes do existencialismo: Kierkegaard, Nietzsche.
→ Martín Heidegger: adotou o método fenomenológico de Husserl para investigar o ser humano. O homem é um Dasein, um ser-ái, lançado ao mundo; é um ser-no-mundo, ser-com e ser-com-os-outros. O ser humano é livre, uma vez que tendo sido lançado no mundo, ele é um projeto. Vive a dimensão da temporalidade e se descobre como um ser-para-a-morte. Esta consciência da morte leva a duas possibilidades: ou aceita a morte e vive uma vida autêntica e criativa, ou foge da consciência da morte se pré-ocupando com as coisas do mundo, embora esta última escolha leve sempre à angústia quando novamente se deparar com a morte.
→ Jean-Paul Sarte: dualismo psícofísico: o ser humano é uma unidade de corpo e consciência; o corpo é um ser-em-si (que existe em si mesmo, que tem uma identidade), a consciência é um ser-para-si (que existe para si mesmo, que sabe que existe mas não tem uma identidade); esta existência dual é geradora de angústia. A existência precede a essência. A condição humana é marcada por três realidades: ser-no-mundo, ser-com-os-outros, ser-para-a-morte. O ser humano nunca é alguma coisa, ele está sempre em determinada condição, é um vir-a-ser, um projeto. Em sua relação com os outros, recebe deles uma identidade, mas aceitar esta identidade imposta fere sua liberdade; quem o aceita está agindo de má-fé. A recusa da má-fé está fundada na afirmação da liberdade: o ser humano está “condenado a ser livre”. A liberdade se traduz no ato de escolha, toda escolha tem suas consequências, pelas quais somos responsáveis (a liberdade gera em nós uma angústia); a escolha gera uma responsabilidade por toda a humanidade, pois alguém escolhe sempre para si e para os outros.