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terça-feira, 21 de maio de 2019

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano)

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano 

>>> Filosofia e linguagem na Antiguidade
Segundo Aristóteles, o humano é um ser de linguagem, quer dizer, é a linguagem que nos faz humanos.
Os animais se comunicam entre si, mas apenas os humanos são portadores de uma linguagem estruturada.
A linguagem verbal é um sistema simbólico. Está baseada em palavras, que são organizadas em frases e em conjuntos de frases.
As palavras são símbolos, isto é, formas de representar alguma coisa, seja um objeto, seja uma ação.
Platão afirmava que a palavra é um pharmakon, não tendo valor definitivamente positivo, podendo tanto ser usada para nos aproximar das ideias verdadeiras por meio da dialética, quanto ser usada para enganar.
Aristóteles, não concordando inteiramente com Platão, foi talvez o primeiro pensador a tentar mostrar que, embora as palavras sejam convenções, existe uma série de regras de uso que permitem a construção de um discurso verdadeiro, para além da relatividade das palavras. A palavra é um pharmakon, mas é também um organon, isto é, um instrumento do pensamento.
>>> A “virada linguística”
No século XX ocorreria a “virada linguística”, isto é, uma mudança de foco das preocupações da filosofia para a linguagem.
Em sua primeira obra Ludwig Wittgenstein preocupa-se com a essência da linguagem. A linguagem é um sistema de representação e, portanto, é diferente e ao mesmo tempo semelhante ao mundo. O mundo é composto de fatos, e o que a linguagem representa, por meio das proposições, são os fatos. Linguagem e mundo estão intrinsecamente ligados: quanto mais ampla a minha linguagem, mais amplo é meu mundo; quanto mais amplo meu mundo e minha linguagem, mais possibilidade de pensamento eu tenho.
Em sua segunda obra Wittgenstein passa a considerar que o problema não é a busca da essência da linguagem, visto que não existe A linguagem, mas linguagens múltiplas, com os seus diferentes usos. Cada um desses usos é um jogo com suas regras, elementos e formas de funcionamento próprio. O que há são diferentes jogos de linguagem, cada um com seus usos e regras. O significado de uma palavra, portanto, depende do jogo para o qual ela é usada.
>>> Linguagem e cultura
A linguagem é uma forma de expressão simbólica, por isso, segundo Ernst Cassirer, podemos compreender o como “animal simbólico”, pois é o ato de simbolizar que nos abre todo o universo da cultura.
Cultura é o conjunto de tudo aquilo, no ambiente em que vivemos, que foi produzido pelo ser humano por meio do trabalho. Percebe-se, portanto, uma estreita ligação entre trabalho, cultura e linguagem: produzimos cultura ao transformar o mundo por meio do trabalho, e expressamos essas transformações por meio da linguagem. A produção de linguagem é também uma forma trabalho, o que significa que também a linguagem transforma o mundo.
Cultura é o mundo transformado pelo ser humano, natureza é a parte do mundo que não depende de nós, porém, não há aqui uma oposição: para realizar seu trabalho como transformação, o ser humano atravessa o mundo natural e é atravessado por ele.
A cultura não são apenas os objetos, mas também uma “trama simbólica”, produzida pela linguagem, na medida em que esta é a forma de expressão dos seres humanos.
Mesmo havendo distinções entre cultura erudita e popular, em termos filosóficos ambas são igualmente importantes como expressões do ser humano.
Ao mesmo tempo em que é a produção por da qual o ser humano se faz plenamente humano, a cultura, na sociedade capitalista, é também mercadoria.
>>> Cultura e mercadoria
Pensando nisso, Felix Guatarri distingue três sentidos do termo cultura: cultura-valor – a cultura é tratada como valor social, distinguindo quem é culto dos que não são; cultura-alma coletiva – a cultura tomada como a produção de um povo; cultura-mercadoria – o conjunto de “bens culturais”, existe um mercado cultural e difunde-se a cultura pelo mesmo mecanismo de distribuição de qualquer outro produto.
Para Guatarri, o que prevalece em nosso dias é o conceito de cultura-mercadoria, embora os outros dois continuem válidos. A cultura-mercadoria possui um aspecto negativo, porque valoriza a produção cultural pelo que ela pode render em termos econômicos; mas também possui um aspecto positivo de democratização ao acesso, já que não há distinção entre uma “cultura popular” e “cultura erudita”: ambas são mercadoria.

11 comentários:

  1. Ta achando que eu tenho mão de aço fi oh pega leve do conta não ta abusando já nossa Edison pelo amor de deus virei copiadora não

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    1. Se você fosse copiadora, não reclamava! :P kkk e se tivesse mão de aço, pior seria: imagina o peso! Estou pegando leve... mas se vocês quiserem,posso pegar pesado.

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  2. Nosso deus Edson! Isso tudo é tortura mesmo.

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    1. Pense comigo: por que um alpinista escala uma montanha?

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    2. ??? por que um alpinista escala uma montanha ???

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    3. eu sei la kkkkkkkkk

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    4. veja que interessante: ele escala uma montanha, chega lá em cima e, geralmente, não faz nada! nada! Por quê? Por que o que interessa para o alpinista não é a chegada, mas a subida. A escalada é difícil? Com certeza! Mas se não fosse, não valeria a pena. ;)

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