Pesquisar este blog

terça-feira, 21 de maio de 2019

3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)

3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)

*Colocando o problema
→ A área dedica a refletir sobre as ações humanas em relação à vida em coletividade e à vida de cada um é denominada ética.
→ Ética vem do grego êthos: caráter, índole, maneira de ser de uma pessoa e de uma sociedade.
O gregos também tinham uma palavra muito próxima: éthos, que significa costume, uso, hábito. Em latim foi traduzida por mor, moris; em português “moral”.
Para os antigos gregos, êthos é diferente de éthos, pois para viver eticamente é necessário se conhecer, pensar na quilo que se faz.
Aristóteles e a ética como ação para a felicidade:
Século IV a. C.: sistematização da ética (ciências poiéticas, ciências práticas, ciências teoréticas).
A filosofia ética estuda as ações humanas baseadas naquilo que é natural em cada ser humano, seu caráter ou temperamento, ensinando a viver de acordo com o caráter de cada um, embora não signifique agir de modo predeterminado, passional: a ética implica uma ação racional.
A tarefa da ética é educar nosso apetite, para que evitemos os vícios e alcancemos a virtude.
A tarefa da ética é ensinar bons costumes (bom éthos), baseados no bom caráter (bom êthos), através do hábito de agir virtuosamente.
Todas as atividades humanas tendem a “fins” que são “bens”. O fim último das ações humanas é a felicidade, pois é o único fim desejável em si mesmo e por si mesmo.
Felicidade não é viver uma vida de prazer e gozo, de riqueza, de honra, de pura contemplação.
A alma possui três faculdades ou capacidades: vegetativa, sensitiva e racional.
Felicidade é uma atividade da alma conforme a virtude perfeita.
A virtudes podem ser: 1) práticas, quando não-desejáveis por si mesmas, ligadas à faculdade apetitiva da alma, adquiridas por meio do domínio dos apetites pela faculdade racional por meio do hábito de uma vida equilibrada; 2) intelectuais ou dianoéticas, quando desejáveis em si mesmas, ligadas à parte racional da alma que busca e encontra prazer na contemplação.
O prazer é um bem, embora não seja a finalidade da vida ética, pois extingue-se em si mesmo. Há diferentes prazeres e a tarefa da ética é traçar uma hierarquia de prazeres. O prazeres do pensamento são superiores.
Para garantir o hábito de agir racionalmente, são necessárias leis que forcem à ação de acordo com normas e valores da razão.
Kant e a ética como ação segundo o dever:
No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant desenvolveu uma ética baseada na ideia de que as ações humanas são orientadas por intenções e não por finalidades.
A intenção fundamental da ação humana é o dever.
O sujeito moral, que age racionalmente, é umas das facetas do ser humano; as outras são o sujeito do conhecimento e o sujeito estético.
Há duas esferas da razão: a teórica e a prática. A razão prática está relacionada ao agir, à determinação da vontade, capaz de legislar sobre esta, impondo-lhe normas que conduzem a ação moral.
Somos livres porque somos seres de vontade; como a vontade é resultante do exercício da razão, somos livres porque somos racionais.
Ser livre é estar submetido a uma razão prática, isto é, quando somos autônomos.
Se cada um agisse de maneira própria, não haveria comunidade humana. É preciso construir uma coletividade através de um princípio universal dado pela razão prática.
O princípio universal deve ser puramente formal e deve ser expresso na forma de um imperativo categórico, uma fórmula que ordena de modo incondicional: “Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre como princípio de legislação universal.”
Não se trata de agir de acordo com uma lei, uma tradição ou um costume, mas segundo um princípio dado pela própria razão determinando a vontade, como um ato de liberdade.
→ “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. (…) Sapere aude! (Ouse saber!)”

7 comentários: