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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Discurso Formatura 2018 - Canuta


Boa noite a todas e a todos! Nossos cumprimentos à equipe diretiva, aos professores, às pedagogas e demais funcionários, às autoridades eclesiásticas, aos familiares e amigos, e, é claro, aos formandos!
Pela segunda vez, desde que trabalho nesta escola, posso participar da cerimônia de colação do ensino médio. Pela primeira vez, com muita honra e orgulho, fico responsável por deixar-vos uma mensagem, que será breve, porém, repleta de carinho e de esperança.
Meus caros formandos, hoje é uma noite de alegria para todos, porque esta cerimônia simboliza o fim de um ciclo e o início de um outro. Nos sentimos honrados, exultantes ao compartilhar convosco este momento tão belo! E o que desejamos é que aproveitem este instante em toda a sua potência, pois o único modo que temos para experienciar a eternidade nesta vida é justamente naqueles raros momentos de êxtase, nos quais nem passado nem futuro pesam sobre nossa frágil consciência.
Muitos de vocês chegaram aqui ainda crianças, no ensino fundamental, outros já no primeiro ano do ensino médio, alguns vieram no decorrer do processo, uns poucos quase em seu final, outros ainda foram para outras escolas, outros turnos. Entretanto, cada um, a seu modo, contribuiu para a construção deste caminho. E, se este percurso que vocês trilharam foi bom ou ruim, saibam que nós o construímos juntos. É como escreveu o poeta espanhol Antonio Machado: “caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar”.
A partir de amanhã, vias de fato não haverá coisas como uniforme, merenda, recreio, atraso, gincana, fetec, canutão, simulado, rodas de conversa. Não haverá mais a possibilidade de identificar-se como aluno do terceirão do Canuta. E muito embora possa parecer triste, e de fato é um pouco mesmo, pois perder a identidade causa um certo vazio, não se preocupem: outras identidades virão, outros desafios virão, maiores, mais complexos e mais árduos que este agora vencido, entretanto, possivelmente muito mais prazerosos de serem superados.
O que desejamos de vocês, que agora nos deixam para seguir outros caminhos, é aquilo que esperamos de todos: retribuam-nos bem! superem-nos! sejam muito mais e melhores! Pois, como disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “retribui-se mal a um mestre, quando se continua a ser sempre aluno”.
Sapere aude! Ousem saber! ousem ser mestres de suas vidas! Em meio à mediocridade do mundo, ao vazio existencial que assola os nossos tempos, ousem valer-se das ferramentas que tentamos, com muito esforço, oferecer-vos ou ensinar-vos a manejar e construam! Construam um mundo mais justo e melhor, relações mais humanas e solidárias, vidas mais completas e belas!
Ah! não esperem facilidades, evidentemente! Mesmo porque nenhuma tarefa é dada desproporcionalmente às capacidades daqueles que a realizarão. E sabemos que são capazes! Foram capazes de atingir este objetivo, a conclusão do ensino médio, mesmo com as tantas adversidades enfrentadas, principalmente neste ano terrível de 2018. E serão capazes de enfrentar os próximos anos e suas vicissitudes. Não mais estaremos juntos, materialmente, mas em nossos corações e nos de vocês, saberemos o que fazer para obter as conquistas. Como disse o sábio chinês Confúcio: “é preciso que o discípulo da sabedoria tenha o coração grande e corajoso. o fardo é pesado e a viagem longa”. E temos certo que seus corações crescerão em tamanho, para abrigar e proteger, bem como crescerão em coragem, para enfrentar os gigantes, mesmo que por vezes sejam apenas moinhos de vento.
Que Deus ilumine o caminho de cada um de vocês! Obrigado por nos haverem também ensinado! Parabéns pela formatura! Caminhem, caminhantes, e que assim possam construir o melhor caminho de todos!

sábado, 9 de novembro de 2019

3º Ano - Trabalho Avaliativo - Política como ação na cidade.

3º Ano - Trabalho Avaliativo - Política como ação na cidade.

→ Dois a três grupos, divididos de acordo com a quantidade de alunos da sala. Obs.: anotar em um folha os nomes dos integrantes, bem como já destacar quem será o líder do grupo.

→ Datas: a serem estipuladas.

→ Valor: a ser estipulado.

→ Resumir os capítulos selecionados dos livros "Política" de Aristóteles e "O príncipe" de Maquiavel; entregar o resumo em formato digitalizado (impresso). Obs.: os capítulos e os links para baixar o livro encontram-se no final da postagem.

→ Apresentar, junto com o resumo, um levantamento de dados (entrevista) na área onde mora, contendo, de modo relativamente detalhado, as duas ou três principais demandas dos moradores. Obs.: 1) no levantamento deve constar nome, sexo e idade de cada entrevistado. 2) considere uma quantidade mínima de 30 (trinta) pessoas entrevistadas, para obter uma amostragem relativamente satisfatória.

→ Produzir um abaixo-assinado com as duas ou três demandas levantadas na pesquisa, colher o máximo possível de assinaturas dos moradores da região que seria beneficiada com a demanda. Obs.: 1) as assinaturas podem ser coletadas no entorno da região que seria beneficiada, bem como em outros lugares, mas preferencialmente deve ser da região. 2) as demandas selecionadas para serem cobradas no abaixo-assinado devem ser aquelas possíveis de serem resolvidas pelo poder público municipal.

→ Tentar agendar uma "entrevista" com alguma autoridade municipal (secretários, prefeito, vereadores, assistentes de gabinete), explicando que se trata de um trabalho escolar, para entregar o abaixo-assinado com a demanda da população. Obs.: ver se seria possível gravar o ato de entrega do documento; bem como se a autoridade responderia breves perguntas do grupo.

→ Produzir um vídeo curto contendo (em ordem cronológica): 1) o processo de coleta de dados; 2) o processo de seleção da demanda; 3) a coleta de assinaturas para o abaixo-assinado; 4) a entrega do documento à autoridade, bem como as respostas às perguntas; 5) os integrantes do grupo. Obs.: sejam criativos! (MESMO!!!).

→ Encaminhar o vídeo já acabado para o professor através do e-mail edsoneros@gmail.com. Obs.: Caso o arquivo ultrapasse o tamanho de 25 mb, encaminhar pelo GoogleDrive ou pessoalmente, pelo celular ou por pendrive.

Links para os livros:
→ A Política, de Aristóteles:
Livro I: Capítulos I e II.
Livro III: Capítulos I, II, III, IV, V.
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=6486>
<https://sociologianomedio.files.wordpress.com/2014/03/aristoteles-a-politica-livro-i.pdf>


→ O Príncipe, de Maquiavel:
Capítulo XVIII: Como devem os príncipes honrar a sua palavra.
Capítulo XXI: Como deve portar-se um príncipe para fazer-se benquisto.
<http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=24134>
<https://www.portalabel.org.br/images/pdfs/o-principe.pdf>






terça-feira, 5 de novembro de 2019

2º Ano - Trabalho Avaliativo - Ética e Moral: da etiqueta à ética.

2º Ano - Trabalho Avaliativo - Ética e Moral: da etiqueta à ética.

→ Grupos com no mínimo 08 e no máximo 12 integrantes. Obs.: anotar em um folha os nomes dos integrantes, bem como já destacar quem será o líder do grupo.

→ Datas: a serem estipuladas.

→ Valor: a ser estipulado.

→ Resumir o preâmbulo e os dois capítulos selecionados do livro "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", de André Comte-Sponville, e entregar em formato digitalizado (impresso). Obs.: os capítulos e os links para baixar o livro encontram-se no final da postagem.

→ Apresentar, junto com o resumo, uma proposta de intervenção na escola, capaz de promover ou a polidez ou a gratidão. Obs.: 1) a proposta será discutida com o grupo, e somente será realizada com o aval do professor. 2) também a proposta deve ser entregue em formato digitalizado (impresso).


→ Produzir um vídeo curto contendo (em ordem cronológica): 1) a intervenção; 2) uma brevíssima explicação ou sobre a polidez ou sobre a gratidão; 3) os membros do grupo identificados. Obs.: sejam criativos! (MESMO!!!).

→ Encaminhar o vídeo já acabado para o professor através do e-mail edsoneros@gmail.com. Obs.: Caso o arquivo ultrapasse o tamanho de 25 mb, encaminhar pelo GoogleDrive ou pessoalmente, pelo celular ou por pendrive.

→ Capítulos:
Preâmbulo
Capítulo 01 A polidez;
Capítulo 10 A gratidão.

→ Links:
>> Livro digitalizado:

> https://www.4shared.com/s/f5OHBiar-iq>

> https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnx2aW5pZ291bGFydG18Z3g6NTlmMmI4MDhjNzNlZjNkYg

terça-feira, 24 de setembro de 2019

3º Ano - Questões Avaliação

3º Ano - Questões Avaliação


01- Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.
(SÊNECA. Sobre a brevidade da vida . Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 26.)

Tendo como base o texto acima, é correto afirmar que
A) grande parte da ética apresentada por Sêneca está calcada na aceitação dos valores vigentes e da vida em sociedade de Roma.
B) segundo Sêneca, a vida é breve e que temos que aproveitá-la da melhor maneira possível, inclusive com hábitos hedonistas.
C) podemos encontrar nos escritos de Sêneca a influência da filosofia estoica, principalmente nas regras de vida desenvolvidas por ele.
D) Sêneca desenvolveu seu pensamento sob os pilares da tradição Patrística latina, culminando na construção de um conjunto de regras morais.
E) o pensamento de Sêneca foi fortemente influenciado pela ética socrático-platônica e sua concepção de que a má conduta decorre da ignorância.

02- Epicuro foi um filósofo grego que procurou, através da filosofia, mostrar o caminho para a vida feliz. Para ele, o que é necessário para ser feliz?

A) para ser feliz, é preciso dedicar a vida ao prazer e evitar o sofrimento.
B) para ser feliz, é necessário vivermos com uma vida farta com riqueza extrema.
C) para ser feliz, devemos seguir todo ensinamento vindo de alguma divindade.
D) para ser feliz, basta ser uma pessoa complexa.
E) para ser feliz, primeiramente, torna-se necessário curar os males da própria alma.

03- (UEM, 2012 - modificada) Afirma o filósofo Epicuro (séc. III a.C.), conhecido pela defesa de uma filosofia hedonista:
[...] o prazer é o começo e o fim da vida feliz. É ele que reconhecemos como o bem primitivo e natural e é a partir dele que se determinam toda escolha e toda recusa e é a ele que retornamos sempre, medindo todos os bens pelo cânon do sentimento. Exatamente porque o prazer é o bem primitivo e natural, não escolhemos todo e qualquer prazer; podemos mesmo deixar de lado muitos prazeres quando é maior o incômodo que os segue.
EPICURO. A vida feliz. In: ARANHA, M. L.; MARTINS, M. P. Temas de filosofia. 3. ed. rev. São Paulo: Moderna, 2005. p. 228.

Considerando os conceitos de Epicuro, é CORRETO afirmar que:
1) estudar todo dia não é bom porque a falta de prazer anula todo conhecimento adquirido.
2) todas as escolhas são prazerosas porque naturalmente os seres humanos rejeitam toda dor.
4) comer uma refeição nutritiva e saborosa em demasia é ruim porque as consequências são danosas ao bem-estar do corpo.
8) a beleza corporal é uma finalidade da vida humana porque o prazer de ser admirado é a maior felicidade para o ser humano.
16) o prazer é necessariamente felicidade porque ele pode gerar o seu contrário, a dor.

Somando os valores das alternativas corretas teremos:
A) 4 B) 6 C) 12 D) 9 E) 10

04- (UEM, 2008) O Período Helenístico inicia-se com a conquista macedônica das cidades-Estado gregas. As correntes filosóficas desse período surgem como tentativas de remediar os sofrimentos da condição humana individual: o epicurismo ensinando que o prazer é o sentido da vida; o estoicismo instruindo a suportar com a mesma firmeza de caráter os acontecimentos bons ou maus; o ceticismo de Pirro orientando a suspender os julgamentos sobre os fenômenos.

Sobre essas correntes filosóficas, assinale o que for CORRETO.
01) Os estoicos, acreditando na ideia de um cosmo harmonioso governado por uma razão universal, afirmaram que virtuoso e feliz é o homem que vive de acordo com a natureza e a razão.
02) Conforme a moral estoica, nossos juízos e paixões dependem de nós, e a importância das coisas provém da opinião que delas temos.
04) Para o epicurismo, a felicidade é o prazer, mas o verdadeiro prazer é aquele proporcionado pela ausência de sofrimentos do corpo e de perturbações da alma.
08) Para Epicuro, não se deve temer a morte, porque nada é para nós enquanto vivemos e, quando ela nos sobrevém, somos nós que deixamos de ser.
16) O ceticismo de Pirro sustentou que, porque todas as opiniões são igualmente válidas e nossas sensações não são verdadeiras nem falsas, nada se deve afirmar com certeza absoluta, e da suspensão do juízo advém a paz e a tranquilidade da alma.

Somando os valores das alternativas corretas teremos:
A) 15 B) 28 C) 23 D) 31 E) 27

05- (Enem 2014) Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974

No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim
A) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
B) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
C) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
D) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
E) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.

06- (Ufsj 2012) Sobre a ética na Antiguidade, é CORRETO afirmar que

A) os cínicos utilizavam o humor para mostrar como era necessário possuir riquezas para alcançar a felicidade plena.
B) os epicuristas afirmavam a existência de uma vida post mortem, na qual todas as dores cessariam.
C) Kant, na direção socrática, defendeu a necessidade de purificação da alma para se alcançar a ideia de bem.
D) Aristóteles repercutiu a ideia de uma ética intimista voltada para o bem individual, que, ao ser exercida, se espargiria por todos os homens.
E) o ideal ético perseguido pelo estoicismo era um estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência.


07- (Unisc 2012) Nas suas Meditações, o filósofo estoico Marco Aurélio escreveu:

Na vida de um homem, sua duração é um ponto, sua essência, um fluxo, seus sentidos, um turbilhão, todo o seu corpo, algo pronto a apodrecer, sua alma, inquietude, seu destino, obscuro, e sua fama, duvidosa. Em resumo, tudo o que é relativo ao corpo é como o fluxo de um rio, e, quanto á alma, sonhos e fluidos, a vida é uma luta, uma breve estadia numa terra estranha, e a reputação, esquecimento. O que pode, portanto, ter o poder de guiar nossos passos? Somente uma única coisa: a Filosofia. Ela consiste em abster-nos de contrariar e ofender o espírito divino que habita em nós, em transcender o prazer e a dor, não fazer nada sem propósito, evitar a falsidade e a dissimulação, não depender das ações dos outros, aceitar o que acontece, pois tudo provém de uma mesma fonte e, sobretudo, aguardar a morte com calma e resignação, pois ela nada mais é que a dissolução dos elementos pelos quais são formados todos os seres vivos. Se não há nada de terrível para esses elementos em sua contínua transformação, por que, então, temer as mudanças e a dissolução do todo?”

Considere as seguintes afirmativas sobre esse texto:

I. Marco Aurélio nos diz que a morte é um grande mal.
II. Segundo Marco Aurélio, devemos buscar a fama, a riqueza e o prazer.
III. Segundo Marco Aurélio, conseguindo fama, podemos transcender a finitude da vida humana.
IV. Para Marco Aurélio, a filosofia é valiosa porque nos permite compreender que a morte é parte de um processo da natureza e assim evita que nos angustiemos por ela.
V. Para Marco Aurélio, só a fé em Deus e em Cristo pode libertar o homem do temor da morte.
VI. Para Marco Aurélio, o homem participa de uma realidade divina.

Assinale a alternativa correta.
A) Somente as afirmativas I e V estão corretas.
B) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
C) Somente as afirmativas IV e VI estão corretas.
D) Todas as afirmativas estão corretas.
E) Somente a afirmativa IV está correta.

08- No século XX, o filósofo francês Michel Foucault tenta uma retomada da ética como construção da vida de cada um. Em meados da década de 1970 deu início a pesquisas para a produção de uma “história da sexualidade”, procurando compreender esse fenômeno no Ocidente. Deparou com as questões morais relativas à vivência da sexualidade e dedicou-se a estudar textos e documentos antigos para pesquisar como
os gregos e os romanos tratavam a questão. Nessas pesquisas, Foucault encontrou dois conceitos importantes.

Quais foram os dois conceitos importantes que Foucault encontrou em sua pesquisa?
A) “Cuidado de siˮ e “falar a verdadeˮ.
B) “Cuidado com os outrosˮ e “praticar a justiçaˮ.
C) “Falar a verdadeˮ e “cumprir seu deverˮ.
D) “Cuidado de siˮ e “nunca mentirˮ .
E) “Eudaimonia” e “viver para si”.

09- Como em quase tudo na filosofia, não há uma visão única de ética. Em relação a essa diversidade de pensamentos, há também muitos equívocos. De acordo com o filósofo contemporâneo Peter Singer, na introdução de seu livro Ética prática, podemos dizer com razoável certeza o que a ética não é. Ele cita quatro visões contemporâneas que precisam ser combatidas:

I. A ética não pode ser vista como uma série de regras e proibições relativas ao sexo; a ética não é uma moral sexual.
II. A ética não pode ser considerada um sistema teórico sem aplicação prática; ao contrário, a ética só faz sentido como orientação da prática de cada um.
III. É equivocada a ideia de que a ética só faz sentido no contexto religioso; ela é uma prática reflexiva sobre os problemas da vida cotidiana.
IV. Alguns afirmam, erroneamente, que a ética é relativa, pois os valores são de cada sujeito; embora esteja centrada na ação de cada sujeito, a ética só faz sentido porque vivemos no coletivo, com as ações de uns interferindo nas ações de outros. Logo, ela não pode ser subjetiva ou relativa.

Está o correto o que se afirma nas assertivas
A) II e III.
B) I e III.
C) I, II e IV.
D) I, II e III.
E) I, II, III e IV.

10- O cinismo foi fundado por um discípulo de Sócrates, Antístenes (c. 445 a.C.-c. 365 a.C.), que centrou sua filosofia na ética, defendendo uma vida pautada pela virtude. Esses filósofos (cínicos) não escreveram tratados, mas faziam da filosofia uma prática cotidiana, assim como Sócrates, que filosofava dialogando com as pessoas na praça pública.

Enquanto Sócrates usava a ironia, os cínicos usavam
A) as metáforas, as quais permitem ensinar de modo indireto.
B) a dialética, único método apropriado para alcançar a verdade.
C) o humor, cujo efeito é desestabilizador, porque nos provoca o pensamento.
D) o sarcasmo, pois este faz a hipocrisia ser explicitada.
E) a apatia, único objetivo verdadeiramente louvável da filosofia.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

3º Ano - Questionário avaliativo - Cap. 02 - Unidade 03

3º Ano - Questionário avaliativo - Cap. 02 - Unidade 03

1) Qual a origem da palavra ética e qual o significado termo grego que a originou?
2) Qual a origem da palavra moral e qual o significado termo grego que a originou?
3) Explique a máxima de Sócrates: "Uma vida que não merece ser pensada, não merce ser vivida".
4) Quem foi o filósofo que começou a sistematizar a ética como um capo do saber filosófico?
5) Segundo o pensamento aristotélico, o que são as ciências teoréticas?
6) Segundo o pensamento aristotélico, o que são as ciências práticas?
7) Para Aristóteles, o que é o caráter e qual a sua relação com os humores?
8) Como seria possível aprender a agir eticamente, segundo Aristóteles?
9) Qual a importância do hábito, para Aristóteles?
10) Para Aristóteles, como nos tornamos virtuosos?
11) Por que a ética aristotélica afirma que a felicidade é o "supremo bem"?
12) Segundo Aristóteles, existem pelo menos quatro ideias de felicidade, que correspondem a três tipos de vida. Cite e explique estas ideias e estes tipos de vida.
13) Quais são as faculdades da alma e quais as suas funções, segundo o pensamento aristotélico?
14) Explique a seguinte afirmação: "o bem é proveniente de uma atividade da alma que esteja em consonância coma a virtude".
15) Aristóteles diferenciava dois tipos gerais de virtude. Cite-as e as explique.
16) Qual a distinção, segundo Aristóteles, entre prazer e felicidade?
17) Qual é a tarefa da ética em relação aos prazeres, segundo Aristóteles?
18) Para Aristóteles, o que é necessário para garantir o aprendizado do hábito de agir racionalmente.
19) Qual é a relação entre ética e a política no pensamento aristotélico?
20) Qual a diferença entre a ética de Kant e a ética de Aristóteles?
21) Segundo Kant, o que é o "dever"?
22) Explique o que são o "sujeito moral", o "sujeito de conhecimento" e o "sujeito estético", em Kant.
23) Kant distingue duas esferas da razão. Explique-as.
24) O que é a vontade, para Kant?
25) Explique a noção de liberdade em Kant?
26) O que significam "autonomia" e "heteronomia" e qual a sua relação com a ética kantiana?
27) Segundo Kant, qual é a relação entre a formação de uma comunidade humana e o agir ético?
28) O que é o "imperativo categórico" na filosofia de Kant? Cite as três formas elaboradas por Kant.
29) Qual é a relação entre o "imperativo categórico" kantiano e a determinação autônoma da vontade.
30) Explique o lema do Esclarecimento "sapere aude".
31) Segundo Kant, o que significa Esclarecimento?
32) Responder as questões 1, 2 e 7 da página 163 do livro didático.

terça-feira, 21 de maio de 2019

2º Ano - Questionário avaliativo - Cap. 02 - Unidade 02

2º Ano - Questionário avaliativo - Cap. 02 - Unidade 02

1) Qual a principal diferença entre a linguagem humana e a comunicação dos outros animais?
2) Por que podemos dizer que a linguagem verbal é um sistema simbólico?
3) O que significa dizer que "o símbolo representa por convenção"?
4) Quem foram os sofistas?
5) O que é retórica?
6) O que significa a afirmação de Platão de que a palavra é pharmakon?
7) Qual a crítica que Aristóteles faz à visão platônica sobre o uso da palavra e da linguagem?
8) Como Aristóteles resolve o problema de construir um conhecimento rigoroso baseado no mundo sensível?
9) Segundo Aristóteles, qual a relação entre a linguagem e a política?
10) Para a filosofia analítica, qual a única tarefa plausível para a filosofia?
11) Por que, segundo Wittgenstein, a linguagem e o mundo estão intrinsecamente ligados? A qual conclusão ele chega a partir desta constatação?
12) Por que Wittgenstein faz uma analogia entre os jogos e a linguagem?
13) O  que são jogos de linguagem, segundo Wittgenstein?
14) Por que, segundo Ernst Cassirer, o ser humano não é bem caracterizado com a definição "animal racional"?
15) Em quais sentidos os antigos romanos empregavam o termo cultura?
16) Em termos filosóficos, o que significa cultura?
17) O que podemos entender por "natureza"?
18) Existe alguma espécie de oposição entre natureza e cultura? Por que?
19) Qual é a relação entre trabalho, cultura e linguagem?
20) O que significa a afirmação de Cassirer de que a cultura é uma trama simbólica? Forneça ao menos dois exemplos.
21) O que significa "cultura popular"? E "cultura erudita"?
22) Responder as questões 1, 2, 3, e 4 da página 100 do livro didático.

1º Ano - Trabalho avaliativo: Mitologia

1º Ano - Trabalho avaliativo: Mitologia

Elaborar pesquisa e sintetizá-la de modo manuscrito, no caderno, conforme se segue:
  • Definição de mito ou mitologia;
  • Função dos mitos;
  • Tipos principais de mito;
  • Diferenças e relações entre mito e religião;
  • Diferenças e relações entre mito e filosofia;
  • Diferenças entre lenda e mito;
  • Citar aos menos duas lendas;
  • Os mitos na modernidade e hoje;
  • Escolher uma das mitologias abaixo e descrevê-la de modo sucinto, citando sua cosmogonia e escatologia (quando houver), narrar ao menos uma história dessa mitologia:
1. Mitos ou folclore brasileiro;
2. Mitologia guarani;
3. Mitologia grega;
4. Mitologia nórdica;
5. Mitologia egípcia;
6. Mitologia persa;
7. Mitologia africana;
8. Mitologia hindu;
9. Mitologia japonesa.

3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)

3º Ano - Resumo: Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 02 (Ética: por que para quê?)

*Colocando o problema
→ A área dedica a refletir sobre as ações humanas em relação à vida em coletividade e à vida de cada um é denominada ética.
→ Ética vem do grego êthos: caráter, índole, maneira de ser de uma pessoa e de uma sociedade.
O gregos também tinham uma palavra muito próxima: éthos, que significa costume, uso, hábito. Em latim foi traduzida por mor, moris; em português “moral”.
Para os antigos gregos, êthos é diferente de éthos, pois para viver eticamente é necessário se conhecer, pensar na quilo que se faz.
Aristóteles e a ética como ação para a felicidade:
Século IV a. C.: sistematização da ética (ciências poiéticas, ciências práticas, ciências teoréticas).
A filosofia ética estuda as ações humanas baseadas naquilo que é natural em cada ser humano, seu caráter ou temperamento, ensinando a viver de acordo com o caráter de cada um, embora não signifique agir de modo predeterminado, passional: a ética implica uma ação racional.
A tarefa da ética é educar nosso apetite, para que evitemos os vícios e alcancemos a virtude.
A tarefa da ética é ensinar bons costumes (bom éthos), baseados no bom caráter (bom êthos), através do hábito de agir virtuosamente.
Todas as atividades humanas tendem a “fins” que são “bens”. O fim último das ações humanas é a felicidade, pois é o único fim desejável em si mesmo e por si mesmo.
Felicidade não é viver uma vida de prazer e gozo, de riqueza, de honra, de pura contemplação.
A alma possui três faculdades ou capacidades: vegetativa, sensitiva e racional.
Felicidade é uma atividade da alma conforme a virtude perfeita.
A virtudes podem ser: 1) práticas, quando não-desejáveis por si mesmas, ligadas à faculdade apetitiva da alma, adquiridas por meio do domínio dos apetites pela faculdade racional por meio do hábito de uma vida equilibrada; 2) intelectuais ou dianoéticas, quando desejáveis em si mesmas, ligadas à parte racional da alma que busca e encontra prazer na contemplação.
O prazer é um bem, embora não seja a finalidade da vida ética, pois extingue-se em si mesmo. Há diferentes prazeres e a tarefa da ética é traçar uma hierarquia de prazeres. O prazeres do pensamento são superiores.
Para garantir o hábito de agir racionalmente, são necessárias leis que forcem à ação de acordo com normas e valores da razão.
Kant e a ética como ação segundo o dever:
No século XVIII, o filósofo alemão Immanuel Kant desenvolveu uma ética baseada na ideia de que as ações humanas são orientadas por intenções e não por finalidades.
A intenção fundamental da ação humana é o dever.
O sujeito moral, que age racionalmente, é umas das facetas do ser humano; as outras são o sujeito do conhecimento e o sujeito estético.
Há duas esferas da razão: a teórica e a prática. A razão prática está relacionada ao agir, à determinação da vontade, capaz de legislar sobre esta, impondo-lhe normas que conduzem a ação moral.
Somos livres porque somos seres de vontade; como a vontade é resultante do exercício da razão, somos livres porque somos racionais.
Ser livre é estar submetido a uma razão prática, isto é, quando somos autônomos.
Se cada um agisse de maneira própria, não haveria comunidade humana. É preciso construir uma coletividade através de um princípio universal dado pela razão prática.
O princípio universal deve ser puramente formal e deve ser expresso na forma de um imperativo categórico, uma fórmula que ordena de modo incondicional: “Age de modo que a máxima da tua vontade possa valer sempre como princípio de legislação universal.”
Não se trata de agir de acordo com uma lei, uma tradição ou um costume, mas segundo um princípio dado pela própria razão determinando a vontade, como um ato de liberdade.
→ “Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. (…) Sapere aude! (Ouse saber!)”

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano)

2º Ano – Resumo: Unidade 02 (O que somos?) - Capítulo 02 (A linguagem e a cultura: manifestações do humano 

>>> Filosofia e linguagem na Antiguidade
Segundo Aristóteles, o humano é um ser de linguagem, quer dizer, é a linguagem que nos faz humanos.
Os animais se comunicam entre si, mas apenas os humanos são portadores de uma linguagem estruturada.
A linguagem verbal é um sistema simbólico. Está baseada em palavras, que são organizadas em frases e em conjuntos de frases.
As palavras são símbolos, isto é, formas de representar alguma coisa, seja um objeto, seja uma ação.
Platão afirmava que a palavra é um pharmakon, não tendo valor definitivamente positivo, podendo tanto ser usada para nos aproximar das ideias verdadeiras por meio da dialética, quanto ser usada para enganar.
Aristóteles, não concordando inteiramente com Platão, foi talvez o primeiro pensador a tentar mostrar que, embora as palavras sejam convenções, existe uma série de regras de uso que permitem a construção de um discurso verdadeiro, para além da relatividade das palavras. A palavra é um pharmakon, mas é também um organon, isto é, um instrumento do pensamento.
>>> A “virada linguística”
No século XX ocorreria a “virada linguística”, isto é, uma mudança de foco das preocupações da filosofia para a linguagem.
Em sua primeira obra Ludwig Wittgenstein preocupa-se com a essência da linguagem. A linguagem é um sistema de representação e, portanto, é diferente e ao mesmo tempo semelhante ao mundo. O mundo é composto de fatos, e o que a linguagem representa, por meio das proposições, são os fatos. Linguagem e mundo estão intrinsecamente ligados: quanto mais ampla a minha linguagem, mais amplo é meu mundo; quanto mais amplo meu mundo e minha linguagem, mais possibilidade de pensamento eu tenho.
Em sua segunda obra Wittgenstein passa a considerar que o problema não é a busca da essência da linguagem, visto que não existe A linguagem, mas linguagens múltiplas, com os seus diferentes usos. Cada um desses usos é um jogo com suas regras, elementos e formas de funcionamento próprio. O que há são diferentes jogos de linguagem, cada um com seus usos e regras. O significado de uma palavra, portanto, depende do jogo para o qual ela é usada.
>>> Linguagem e cultura
A linguagem é uma forma de expressão simbólica, por isso, segundo Ernst Cassirer, podemos compreender o como “animal simbólico”, pois é o ato de simbolizar que nos abre todo o universo da cultura.
Cultura é o conjunto de tudo aquilo, no ambiente em que vivemos, que foi produzido pelo ser humano por meio do trabalho. Percebe-se, portanto, uma estreita ligação entre trabalho, cultura e linguagem: produzimos cultura ao transformar o mundo por meio do trabalho, e expressamos essas transformações por meio da linguagem. A produção de linguagem é também uma forma trabalho, o que significa que também a linguagem transforma o mundo.
Cultura é o mundo transformado pelo ser humano, natureza é a parte do mundo que não depende de nós, porém, não há aqui uma oposição: para realizar seu trabalho como transformação, o ser humano atravessa o mundo natural e é atravessado por ele.
A cultura não são apenas os objetos, mas também uma “trama simbólica”, produzida pela linguagem, na medida em que esta é a forma de expressão dos seres humanos.
Mesmo havendo distinções entre cultura erudita e popular, em termos filosóficos ambas são igualmente importantes como expressões do ser humano.
Ao mesmo tempo em que é a produção por da qual o ser humano se faz plenamente humano, a cultura, na sociedade capitalista, é também mercadoria.
>>> Cultura e mercadoria
Pensando nisso, Felix Guatarri distingue três sentidos do termo cultura: cultura-valor – a cultura é tratada como valor social, distinguindo quem é culto dos que não são; cultura-alma coletiva – a cultura tomada como a produção de um povo; cultura-mercadoria – o conjunto de “bens culturais”, existe um mercado cultural e difunde-se a cultura pelo mesmo mecanismo de distribuição de qualquer outro produto.
Para Guatarri, o que prevalece em nosso dias é o conceito de cultura-mercadoria, embora os outros dois continuem válidos. A cultura-mercadoria possui um aspecto negativo, porque valoriza a produção cultural pelo que ela pode render em termos econômicos; mas também possui um aspecto positivo de democratização ao acesso, já que não há distinção entre uma “cultura popular” e “cultura erudita”: ambas são mercadoria.

1º Ano - Resumo: Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 02 (Filosofia e outras formas de pensar)

1º Ano - Resumo: Unidade 01 (Como pensamos?) - Capítulo 02 (Filosofia e outras formas de pensar)

A filosofia é um pensamento que não dá respostas prontas e nos força a pensar. Há outras formas de pensamento que fornecem conhecimentos que não interrogamos.

>>> Filosofia e Mitologia
O mito é uma narrativa fictícia e imaginada, cujo objetivo é explicar alguma coisa ou algum acontecimento, recorrendo a forças sobrenaturais.
A mitologia não é uma religião sistemática e institucionalizada, mas uma espécie de religiosidade aberta e mutante.
No século VIII a.C. as principais narrativas mitológicas gregas foram reunidas em poemas épicos por Homero (Ilíada e Odisseia) e Hesíodo (Teogonia e Os trabalhos e os dias).
Ainda continuamos a criar mitos, a inventar narrativas mitológicas, porém sem o mesmo apelo que tiveram na Antiguidade.
O pensamento filosófico desenvolveu-se em uma forma de conhecimento que se diferencia da mitologia; contudo, não a substituiu: continuaram convivendo, às vezes conflituosamente, como ocorre até hoje.

>>> Filosofia e Religião
Religião é um conjunto de crenças, em geral amparadas em um texto, compreendidas como uma revelação de Deus (ou um conjunto de deuses).
Religiões são dogmáticas, compostas de ritos, tornam-se instituições com hierarquia.
Características do conhecimento religioso: => conjunto de ideias expressas em um texto ou livro sagrado, compondo o dogma da religião; => organização institucional de um conjunto de pessoas que administram esse conhecimento e a relação das pessoas com ele; => definição de rituais na forma de viver esse conhecimento e se relacionar com ele.
Assim como o mito, a religião é uma forma de pensamento, um modo de explicar a natureza, os fatos cotidianos e o sentido da vida humana.
As religiões são encontradas em todas as culturas, desde a antiguidade. Elas se relacionam com questões políticas e econômicas, podendo ser manipuladas com objetivos alheios a si.
O pensamento religioso apresenta-se como um conhecimento pronto e definitivo que algumas pessoas têm e outras não, que qualquer um pode aprender, desde que aceite os dogmas. Esse conhecimento está centrado na fé, uma confiança absoluta nas palavras que foram reveladas pela divindade.
O pensamento filosófico procura uma explicação racional, nem pronta nem definitiva, que faça sentido e possa convencer pela lógica e não pela aceitação do dogma.
As relações entre filosofia e religião são por vezes conflituosas. Mas há aspectos de concordância, pois ambas se formam como uma forma de ver o mundo.

>>> Filosofia e senso comum
Todos nós pensamos e construímos uma visão de mundo. Das coisas que observamos e vivemos cotidianamente, tiramos conclusões e elaboramos explicações. Mas esse tipo de conhecimento não é sistemático, não se baseia em métodos.
Senso comum é um tipo de conhecimento que todos nós experimentamos. Caracteriza-se por ser absorvido sem maiores reflexões, sem aprofundamento.
O senso comum é útil em determinadas situações, mas em outras situações precisamos também de um conhecimento formal, mais sistematizado, mais organizado, como somente a filosofia e a ciência podem produzir.
A filosofia parte do senso comum, mas tende a abandoná-lo no processo de criação de conceitos.
Não há filosofia sem um ponto de partida no senso comum, mas, ao mesmo tempo, se o pensamento permanecer no senso comum não haverá filosofia.

>>> Filosofia, arte e ciência: as potências do pensamento
A religião, o mito e o senso comum são formas de pensamento que produzem conhecimentos que nos ajudam a viver e a pensar, sempre segundo certos parâmetros já estabelecidos.

Há outras formas de pensar, as potências do pensamento, que expressam uma inquietação e uma insatisfação, buscam a renovação, nos fazem pensar e nos instigam a curiosidade para além do que já sabemos. São elas: a filosofia, a arte e a ciência.

terça-feira, 2 de abril de 2019

3º Ano - Trabalho Avaliativo - Moral e Ética

3º Ano - Trabalho Avaliativo - Moral e Ética

→ Valor: a ser definido coletivamente.

→ Formar grupos de no máximo 4 integrantes.

→ Pesquisar e responder as seguintes questões:
1) O que é moral?
2) O que é ética?
3) O que é bioética? E ética profissional?
4) Qual a relação entre ética e felicidade? E entre ética e dever?

→ Baixar a versão digitalizada do conto "O Enfermeiro", de Machado de Assis. Ler e fazer um resumo do texto.
http://noticias.universia.com.br/net/files/2015/3/27/o-enfermeiro-machado-de-assis.pdf

→ Assistir ao filme "300", de Zack Snyder. Fazer um resumo do filme.
 http://medievalfilme.blogspot.com/2018/05/assistir-filme-300-dublado-720p.html

→ Assistir ao filme "À procura da felicidade". Fazer um resumo do filme.
https://www.youtube.com/watch?v=jd4A70lW3LM

→ Apresentar uma análise relacionando o texto de Machado de Assis aos dois filmes, atentando para as relações entre ética, moral, dever, felicidade, profissão e valores. A análise deve ter no mínimo 30 linhas, e deverá ser entregue em forma impressa, nos seguintes moldes:
→ Na data estipulada para a entrega, o grupo deverá anexar à análise, para cada um dos integrantes, uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com as respostas às perguntas, uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com o resumo do conto "O enfermeiro", uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com o resumo do filme "300", uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com o resumo do filme "À procura da felicidade". Obs.: apenas a análise deverá ser digitada; os resumos que cada aluno precisa entregar deverão ser manuscritos.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

2º Ano - Trabalho Avaliativo - Linguagem e Cultura

2º Ano - Trabalho Avaliativo - Linguagem e Cultura

→ Valor: a ser definido coletivamente.

→ Formar Grupos de no máximo 4 integrantes.

→ Pesquisar e responder as seguintes questões:
1) O que é linguagem? O que é língua?
2) O que é linguística? O que é filologia?
3) O que é filosofia da linguagem?
4) O que é cultura? O que é cultura erudita, cultura popular e cultura de massa?
5) Qual a relação entre cultura e linguagem?
6) Qual a relação entre a cultura, a linguagem e a definição de ser humano que estamos tentando encontrar?

→ Baixar a versão digitalizada do conto "Um relatório para a academia", de Franz Kafka. Ler e fazer um resumo.
https://www.4shared.com/get/UVYH64G8/53682724-Franz-Kafka-Um-relato.html

→ Assistir ao filme "1984", de Richard Burton, baseado na obra homônima de George Orwell. Fazer um resumo do filme.
https://gloria.tv/video/Bom7iAdEP9hD4QALvhjUCzd8M

→ Apresentar uma análise relacionando o texto de Kafka ao filme, atentando para as relações dos seres humanos e dos animais com a linguagem, bem como para a relação entre sociedade, política e poder com a linguagem. A análise deve ter no mínimo 30 linhas, e deverá ser entregue em forma impressa, nos seguintes moldes:


→ Na data estipulada para a entrega, o grupo deverá anexar à análise, para cada um dos integrantes, uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com as respostas às perguntas, uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com o resumo do conto "Um relatório para a academia", uma folha (contendo o nome do aluno e a turma) com o resumo do filme "1984". Obs.: apenas a análise deverá ser digitada; os resumos que cada aluno precisa entregar deverão ser manuscritos.

domingo, 24 de março de 2019

quinta-feira, 14 de março de 2019

Links vídeos: (1) 2º Ano / (2) 3º Ano. (1) Reportagem "Crianças selvagens" / Animais Inteligentes; (2) Reações de animais diante do espelho

Links vídeos: (1). 2º Ano / (2).  3º Ano. (1) Crianças selvagens / Animais Inteligentes; (2). Reações de animais diante do espelho

(1).
5 crianças selvagens criadas como animais:

Domingo Espetacular - Crianças Criadas por Animais 1/2:

Domingo Espetacular - Crianças Criadas por Animais 2/2:

Animais Inteligentes:

Golfinhos | Ciências da Natureza:


(2).
Animals in Mirrors Hilarious Reactions (Animais no Espelho Reações Hilárias):

Elephants family VS a Leopard refusing to share his Mirror in the Jungle (Gabon, Equatorial Africa) :

Chimpanzés e Espelhos (Chimps and Mirrors):

Animais engraçados na frente do espelho pela primeira vez:

quarta-feira, 13 de março de 2019

3º Ano - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 01 (Os valores e as escolhas)


3º Ano - Unidade 03 (Por que e como agimos?) - Capítulo 01 (Os valores e as escolhas)

→ Se os humanos são seres de ação, o que move nossos atos? Por que agimos? Como agimos? Com base em que decidimos o que vamos fazer?

→ Para responder a estas questões, a filosofia parte da noção de valor. Quando temos que decidir, nós avaliamos, isto é, comparamos os prós e os contras de cada possibilidade e atribuímos diferentes valores a cada uma delas, e escolhemos aquela que nos parece ter mais valor.

→ Platão e a universalidade dos valores: como é possível tornar uma cidade justa e consequentemente feliz? Possibilitando aos cidadãos o conhecimento de sua própria natureza, pois somos felizes quando vivemos de acordo com nossa natureza. Cada um de nós tem um temperamento ou caráter, que é a forma como as três almas se temperam, se misturam, com uma delas predominando: concupiscível; irascível; racional. Tendo em vista os três caracteres básicos, a cidade justa deve conter três classes sociais: produtora, guardiã e governante. Cada classe contribuiria com as necessidades da comunidade e teria condições de viver de acordo com sua natureza. Aquele que age mais de acordo com sua própria natureza é qualificado virtuoso. Valores como felicidade, justiça e virtude são universais, isto é, valem para todos e em qualquer época e lugar. Sobre a virtude, o filósofo afirma já estar ela presente em nós desde o nascimento. Porém, precisamos alcançá-la pelo autoconhecimento.

→ Nietzsche e a historicidade dos valores: crítica à ideia platônica de universalidade dos valores. Eles são produzidos historicamente. A principal tarefa da filosofia seria produzir uma escala de valores, mostrando sua hierarquia. É sobre a própria moral que se precisa pensar, compreendida na história, analisada em suas origens. Predomina entre nós uma “moral de rebanho”, isto é, um tipo de ação em que grandes grupos seguem um líder. Essa moral, provém de uma inversão de valores, que passou a considerar o fraco como melhor que o forte. Todos os seres vivos são animados por um impulso vital: “vontade de poder” ou “vontade de potência”. Há uma “vontade de poder forte”, que é ativa, e uma “vontade de poder fraca”, que é reativa. Elas implicam dois tipos de caráter: um caráter ativo (forte) e um caráter reativo (fraco). Porém, foi sendo criada a ideia de que os fracos são os bons e os fortes, por oposição, são maus: a inversão de valores; cujas duas fontes principais são a crença na imortalidade da alma, como propunha a filosofia socrático-platônica; e o cristianismo, que levou a resignação às suas mais profundas consequências. Os dois caracteres (o forte e fraco) implicam dois sistemas de valores distintos, ou duas diferentes morais: a moral do forte, afirmativa; a moral do fraco, reativa. Há uma questão psicológica fundamental nesse mecanismo de criação de uma moral de rebanho: o ressentimento. há também duas concepções de felicidade: a felicidade ativa (viver ativamente, criando e produzindo); e a felicidade passiva (um entorpecimento, algo que se espera um dia possuir). É urgente um processo de “transvaloração dos valores”, uma superação dos valores atualmente vigentes, pela afirmação de valores ativos, e não mais reativos.

→ Sartre – valor, escolha e liberdade: trabalha com o método fenomenológico, que tem como um dos conceitos centrais o de consciência. A consciência não possui uma interioridade, é vazia de conteúdo, se caracteriza por ser um ato: o ser consciente é aquele que observa o mundo e, ao vê-lo, percebe que está vendo. O valor é a forma de ser da consciência. O valor tem a mesma estrutura da vontade: o valor é uma falta, uma ausência, que faz com que atuemos para preenchê-la, para anulá-la. Tão logo agimos e conquistamos um valor, preenchendo a ausência, a consciência quer se manifestar de outra forma, por meio de outros valores. É por meio desse processo que um ser transcende seu próprio ser, indo além de si mesmo. O valor não é algo dado, absoluto, mas um produto da consciência: é impossível uma moral que fundamente normas e leis em valores absolutos e abstratos. Só podemos falar em uma moral baseada na ação individual: cada ação humana só pode ser julgada depois de realizada e avaliada caso a caso. A relação consciência-valor é diferente da relação consciência-conhecimento. O conhecimento é a presença de um objeto que move a consciência na produção do saber. Na produção de conhecimento, a consciência atua de forma reflexiva, mas nem toda consciência é moral: os valores podem ser ou não objeto da atenção de minha consciência, mas nenhuma consciência será “moral” pelo simples fato de ser consciência. Uma moral baseada valores tidos como absolutos, como bons em si mesmos, é uma moral de “má-fé”, pois estamos recebendo uma orientação externa, muitas vezes imposta. Nós próprios inventamos nossos valores: somos nós mesmos que damos sentido às nossas vidas. As consequências políticas são claras: o “valor universal” é uma abstração irreal usada com a finalidade de manipular. O ser humano é livre, e a liberdade consiste no ato da escolha. Nós sempre escolhemos, e não há como evitarmos. Quando fazemos uma escolha, nós julgamos e avaliamos com base nos valores, que nos servem de referência e critério. Se não os temos, escolhemos algo para preencher essa ausência. A condição paradoxal do ser humano: só avaliamos e valoramos porque somos livres; mas, ao mesmo tempo, somos livres porque avaliamos e valoramos, escolhendo e agindo.